Censo do IBGE: confira população atualizada dos 15 municípios de Roraima
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28/06/2023 Domicílios no RJ aumentaram 17% com mudanças nos perfis das famílias. Os dados fazem parte do Censo 2022, divulgado nesta quarta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Censo 2022: RJ tem mais gente morando sozinha
O Rio de Janeiro ganhou mais de 6 milhões de domicílios ocupados nos últimos 12 anos. Isso reflete mudanças nas estruturas das famílias no estado e em todo o país. O levantamento também mostra que muitas pessoas estão indo morar sozinhas.
A população fluminense é a terceira maior do país — atrás de São Paulo e Minas Gerais.
De acordo com os dados do censo divulgados nesta quarta-feira (28), pelo IBGE, a população do estado teve um crescimento modesto, de 0,4%, na comparação com o último censo, de 2010. São 16.054.524 pessoas vivendo no estado do Rio.
São mais pessoas e muito mais casas. O Censo 2022 mostrou que o número de domicílios ocupados no Rio aumentou 17%. Agora, são 6,151 milhões. Em 2010, eram 5,243 milhões.
Entre os estados com mais domicílios, o RJ também só está atrás de Minas Gerais e São Paulo.
Especialistas dizem que uma das explicações para o número de domicílios ter aumentado é que a população está ficando mais velha. Há mais pessoas estão saindo da casa dos pais ou formando novas famílias.
Mas outras mudanças nas casas brasileiras também tiveram impacto nesses dados.
“Outro aspecto que tem que se ressaltar é o número de mulheres chefes de família. Aumentou bastante a presença de mulheres com autonomia feminina. É uma mudança importante no comportamento da família brasileira”, explica o geógrafo e economista do Instituto de GeoCiências/UFRJ, Cláudio Egler.
Com essas mudanças, os domicílios agora têm menos moradores. Em 2010, as casas do Rio tinham em média 3 pessoas. Agora, esse número caiu para 2.
População do RJ em 2010 e em 2022
Reprodução/TV Globo
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Censo 2022: Rio de Janeiro
O estudante Matheus Dantas fez parte desse movimento.
Há dois anos, ele saiu da casa dos pais em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio — onde morava com mais três pessoas — para viver sozinho na Zona Sul da cidade.
‘Eu precisava ficar mais perto do trabalho, e o transporte público do Rio a gente sabe como é complicado. Então, como era muito longe, eu demorava muito tempo pra chegar aqui, eu preferi ficar mais perto do trabalho e sair da casa da família. Fico menos cansado, eu tenho mais tempo de fazer as minhas coisas, malhar, academia, estudar”, conta.
O Censo é uma pesquisa completa, que permite traçar o perfil socioeconômico do país. Ele mostra o tamanho da população e dados sobre os moradores — idade, sexo, cor, religião, escolaridade e renda.
As informações são importantes para que os governos planejem políticas públicas.
Para fazer a pesquisa, os recenseadores percorreram todas as cidades brasileiras. A maioria das entrevistas, quase 99%, foram presenciais.
Mas em muitos casos os recenseadores encontraram dificuldades, resistência e até recusa dos moradores para responder as perguntas.
O Rio de Janeiro foi um dos estados onde isso mais aconteceu: quase 2% dos moradores se recusaram a receber o recenseador. E 4,5% não responderam ao questionário.
O Censo visitou 106,8 milhões endereços no país. O levantamento é feito a cada 10 anos. Esse último deveria ter sido feito em 2020, mas foi adiado por causa da pandemia.
Depois, houve falta de verba. E o Censo só começou quando o Supremo Tribunal Federal determinou que o governo federal liberasse o orçamento.
O IBGE ainda enfrentou a falta de recenseadores.
Foi feito um mutirão para recensear mais 16 milhões de pessoas em todo o país, nas cidades, na zona rural, em áreas indígenas e quilombolas, inclusive na terra indígena yanomami.
Com base nos dados do Censo, vai ser possível analisar quais são as principais necessidades do país e, a partir daí, planejar o futuro de estados e municípios do Brasil.
“Ele traz um retrato dos municípios brasileiros como nenhuma outra pesquisa faz. Ele nos proporciona, por exemplo, dados sobre saneamento, então a gente consegue saber quem tem acesso e quem não tem acesso a redes de água, esgoto. As ecolas também, nós conseguimos ver quantas crianças precisam de escola em cada município. E mesmo para as vacinas. Então, essa estimativa nos ajuda a calcular o número de vacinas que vamos precisar para cada município. Então, ele é essencial”, diz a demógrafa do Ence/IBGE, Ana Carolina Bertho.
Fonte: G1 Read More