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29/06/2023 Números foram divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional. No acumulado dos cinco primeiros meses de 2023, as contas do governo registraram superávit primário de R$ 2,2 bilhões. Secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron
Alexandro Martello
As contas do governo federal registraram déficit primário de R$ 45 bilhões em maio, informou nesta quinta-feira (29) a Secretaria do Tesouro Nacional.
O déficit primário acontece quando a arrecadação com tributos fica abaixo dos gastos do governo (sem considerar o pagamento de juros da dívida pública). Quando as receitas superam as despesas, o resultado é de superávit primário.
De acordo com a série histórica do Tesouro Nacional, esse é o pior resultado, para este mês, desde 2020 – quando o rombo somou R$ 158,9 bilhões por conta de gastos relacionados à pandemia da Covid-19.
No mesmo mês do ano passado, o resultado negativo somou R$ 39,3 bilhões. Em valores corrigidos pela inflação, totalizou R$ 40,9 bilhões de saldo negativo.
Parcial do ano e meta fiscal
Ainda segundo o Tesouro Nacional, no acumulado dos cinco primeiros meses deste ano, as contas do governo registraram superávit primário de R$ 2,2 bilhões.
Com isso, houve uma queda na comparação com o mesmo período do ano passado, quando o resultado positivo somou R$ 39,7 bilhões. Em valores corrigidos pela inflação, o saldo positivo de janeiro a maio de 2022 foi de R$ 44 bilhões.
Para o ano de 2023, o governo está autorizado a registrar déficit primário de até R$ 231,5 bilhões, conforme a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Receitas e despesas
De acordo com o Tesouro Nacional, as receitas líquidas, ou seja, após as transferências aos estados e municípios, somaram R$ 784 bilhões nos cinco primeiros meses deste ano, com alta real de 4,6% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Ao mesmo tempo, ainda de acordo com números oficiais, as despesas totais somaram R$ 782 bilhões no mesmo período, com crescimento de 10,2% contra janeiro a maio de 2022.
Do lado das despesas, as principais variações foram:
abono e seguro desemprego: redução de R$ 4,9 bilhões
créditos extraordinários: redução de R$ 13 bilhões
Sentenças Judiciais e Precatórios (custeio e capital): aumento de R$ 16,4 bilhões
Despesas Obrigatórias com controle de fluxo: aumento de R$ 36,3 bilhões
Fonte: G1 Read More