
Comissão aprova inclusão de quatro municípios de Goiás na área de investimentos do Fundo Constitucional do Norte
06/09/2023
Caixa libera saque do FGTS para vítimas do ciclone no RS
07/09/2023 A moeda norte-americana avançou 0,16%, vendida a R$ 4,9827. Dólar opera em alta
Karolina Grabowska
O dólar fechou em alta nesta quarta-feira (6), após uma sessão marcada por volatilidade. A véspera de feriado do Dia da Independência no Brasil, trouxe um pregão de menor liquidez e volume de negociações reduzido.
Sem grandes notícias na agenda doméstica, o investidor seguiu atento ao exterior, em meio a uma aversão global ao risco e com investidores renovando as preocupações com o avanço da inflação, as taxas de juros e uma possível recessão econômica.
Ao final da sessão, a moeda norte-americana subiu 0,16%, cotada a R$ 4,9827. Veja mais cotações.
No dia anterior, o dólar encerrou o pregão com alta de 0,82%, vendido a 4,9749. Com o resultado de hoje, a moeda passou a acumular:
altas de 0,86% na semana e 0,66% no mês;
queda de 5,59% no ano.
No mercado acionário, o Ibovespa fechou em queda de 1,15%, aos 115.985 pontos.
COMERCIAL X TURISMO: qual a diferença entre a cotação de moedas estrangeiras e por que o turismo é mais caro?
DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens?
DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda?
O que está mexendo com os mercados?
A aversão ao risco que tomou conta dos negócios na véspera continuou impactando os mercados em nível global nesta quarta-feira (6), diante da perspectiva de desaceleração econômica em diversos países, além do receio de que a inflação volte a subir por conta dos preços do petróleo.
A Arábia Saudita e a Rússia, dois dos maiores exportadores de petróleo do mundo, anunciaram cortes na produção da commodity, levando a uma valorização expressiva nos preços dos barris.
O petróleo é matéria-prima para as mais diversas cadeias produtivas, além de ser a principal fonte de combustível até hoje. Assim, com uma redução na produção da commodity, os seus preços sobem, já que a demanda pelo produto continua elevada.
Justamente por ser matéria-prima essencial, uma alta nos preços do petróleo tem o poder de impactar toda a dinâmica de preços nos países, afetando diretamente a inflação. É por esse medo de que a inflação — que já está alta — volte a subir pelo mundo que os investidores vivem dias de uma maior aversão ao risco, priorizando os títulos que são considerados mais seguros.
“O custo do petróleo para cima atrapalha muito o custo da matriz energética como um todo, então isso tende levar a uma inflação. O mercado entendeu esse corte com o medo de uma inflação mais forte ou demorando mais a cair no cenário internacional, e aí a gente teria os Estados Unidos sendo obrigados a subir os juros ou manter os juros altos por mais tempo”, explica Vitor Miziara, analista de investimentos.
Isso aumenta a percepção de que a maior economia do mundo pode passar por um período de recessão econômica, com juros e inflação em patamares elevados.
Ainda no exterior, o mercado também repercutiu dados do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, que ficou em 50,5 em agosto — mais fraco do que a leitura preliminar, de 51,0, e próximo do limiar que separa crescimento de contração (50). Dados do setor de serviços norte-americano também ficaram no radar.
No Brasil, com um dia se grandes destaques na véspera do feriado de 7 de setembro, Dia da Independência, as atenções seguiram voltadas para o quadro fiscal e para o cenário político brasileiro.
Entenda o que faz o dólar subir ou descer
Fonte: G1 Read More