Em um ambiente externo cauteloso às vésperas da reunião do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, os juros futuros fecharam em alta nesta terça-feira, 30, acompanhando os Treasuries. A alta foi ocasionada pela divulgação de dados econômicos acima do esperado nos EUA, que acabaram pressionando para cima os retornos dos Treasuries, influenciando o mercado de câmbio e juros no Brasil.  A expectativa é de que não ocorram grandes mudanças na manutenção de juros a ser divulgada pelo Fed nesta quarta-feira, 31, e a tendência até a decisão ser comunicada é de movimentos moderados no mercado de juros. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro do próximo ano subiu de 9,97% para 10,005%. Já para janeiro de 2026, saiu de 9,655% para 9,73%. Do outro lado, o rendimento da T-note de 2 anos subiu 4,328% para 4,365% e a T-note de 10 anos de 4,079% para 4,094%. Já na economia interna, dados do Caged em 2023 ficaram abaixo da mediana estimada, mas é provável que não influenciem na reunião do Copom amanhã, que deve definir a nova taxa da Selic ou pela sua manutenção. Na pesquisa Focus, divulgada nesta terça-feira, a mediana do IPCA para 2024 caiu de 3,86% para 3,81%, mas a de 2025 seguiu em 3,5%, acima do centro da meta de 3%. Já a mediana para Selic no fim de 2024 foi mantida em 9% e para os próximos dois anos em 8,5%.