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30/08/2024 Declaração do ministro da Fazenda ocorre em meio a um movimento atípico nos mercados, com Ibovespa em alta e dólar avançando sobre o real. Ministro da Fazenda Fernando Haddad.
TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta sexta-feira (30) que a comunicação do governo “às vezes peca por detalhe” e isso tem colaborado com a deterioração das expectativas do mercado financeiro.
Haddad participou de um painel no Expert XP, evento do mercado financeiro, em São Paulo.
“A sua pergunta é: ‘O que está acontecendo no mercado financeiro que, com todos os indicadores melhorando, tem havido uma deterioração das expectativas?’ . Uma parte, acho que é a comunicação do governo, que às vezes peca por detalhe, coisas que a gente poderia superar com certa facilidade”, afirmou o ministro, após ser questionado sobre o assunto.
A declaração de Haddad ocorre em meio um movimento atípico nos mercados. O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, teve uma alta de 6,54% em agosto, maior avanço em nove meses. Enquanto isso, o dólar fechou o mês praticamente no zero a zero, com uma leve queda de 0,38% em relação a julho, mas ainda em patamares muito elevados, cotado a R$ 5,6325.
Em sua fala, o ministro da Fazenda também atribuiu a turbulência dos mercados à transição do Banco Central do Brasil (BC). O mandato do atual presidente da instituição, Roberto Campos Neto, se encerra no fim do ano. Para o lugar dele, o presidente Lula (PT) confirmou, na última quarta-feira (28), a indicação de Gabriel Galípolo.
Galípolo é o atual diretor de política monetária do BC, e ainda precisa ser sabatinado e aprovado pelo Senado Federal para assumir o cargo em janeiro.
“Há também a transição do Banco Central. Queira ou não, esse é o primeiro governo que está passando por duas transições. A do [ex-ministro Paulo] Guedes para mim e a do Roberto Campos [Neto] para o Galípolo, com dois anos de intervalo e com o BC autônomo”, continuou Haddad.
A Lei de Autonomia do Banco Central, sancionada em 2021, define que o presidente do Banco Central terá mandato de quatro anos, não coincidente com o do presidente da República. Os diretores da instituição também passaram a ter mandatos.
Esta reportagem está em atualização.
Fonte: G1 Read More