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06/01/2025O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (6), após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que o orçamento foi o tema central do encontro.
A expectativa é que o orçamento de 2025 seja votado em fevereiro. Sem a peça orçamentária aprovada, o ano começa com algumas restrições, mas a área econômica não vê impacto no funcionamento do governo.
“Tem uma regra pra isso, enquanto não votar o orçamento no começo do ano. E no começo do ano tem sempre uma execução mais lenta mesmo, ordinariamente. Mas nós temos que discutir falar com o relator para ajustar o orçamento às perspectivas do arcabouço fiscal e das leis que foram aprovadas, no final do ano passado”, disse Haddad.
Segundo ele, novas medidas de cortes de gastos ainda não começaram a ser discutidas. No fim do ano passado, o ministro indicou que levará novas propostas ao presidente Lula.
“Nós não conversamos sobre sobre isso [propostas de cortes de gastos] hoje, conversamos sobre outros temas. Mais o planejamento do ano, a questão do orçamento que ainda precisa ser votado”, acrescentou o ministro.
IOF e política cambial
Haddad negou, também, a possibilidade, um temor que circula no mercado financeiro, de elevar o Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) sobre a saída de dólares do Brasil, como um eventual medida para conter a alta do dólar.
“A questão do dólar, a gente precisa entender isso. Tem um processo de acomodação natural. Nós tivemos um estresse no final do ano passado, no mundo todo. Tivemos aqui um estresse também no Brasil. E hoje mesmo o presidente eleito dos Estados Unidos [Donald Trump] deu declarações de que moderando [propostas feitas durante a campanha]. É natural que as coisas se acomodem”, disse Haddad a jornalistas.
Ele negou, também, que não existe discussão sobre mudar o atual regime de câmbio flutuante.
Dentro de uma política de livre flutuação do real, a instituição tem esclarecido que intervêm no câmbio somente em momentos específicos: para evitar movimentos bruscos no dólar, quando há uma falta de divisas no mercado ou quando vê algum tipo de distorção na formação de preço, por exemplo.
No fim do ano passado, o então presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, explicou que a instituição resolveu vender dólares porque houve uma saída atípica de recursos do país naquele momento. E reiterou que não ha defesa de preço do dólar por parte do BC.
“Mas há a percepção que, se o BC não atuar, pode haver uma disfuncionalidade de preços [no dólar]. Para isso que existem as reservas”, concluiu Campos Neto, que foi substituído por Gabriel Galípolo no começo de 2025.
O novo presidente do BC avaliou, em dezembro, que não houve um “ataque especulativo”, com a subida do dólar, no fechamento do último ano.
“Não é correto tentar tratar o mercado como um bloco monolítico, uma coisa só, coordenada. Mercado funciona geralmente com posições contrárias, tem alguém comprando e alguém vendendo. Quando o preço de ativo [como o dólar] se mobiliza em uma direção, têm vencedores e perdedores. Ataque especulativo não representa bem como o movimento está acontecendo no mercado hoje”, declarou Galípolo, na ocasião.
Fonte: G1 Read More