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17/01/2025
Na véspera, a moeda norte-americana avançou 0,48%, cotada a R$ 6,0532. Já o principal índice da bolsa recuou 1,15%, aos 121.234 pontos. Dólar
Jornal Nacional/ Reprodução
O dólar abriu a sessão desta sexta-feira (17) em queda, com investidores na expectativa pela posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, prevista para a próxima semana. Dados de atividade e balanços corporativos também ficam no radar.
Na véspera, o escolhido de Trump para comandar o Tesouro norte-americano, Scott Bessent, afirmou que as políticas propostas pelo republicano em sua agenda econômica devem ajudar a reduzir a inflação na maior economia do mundo, além de permitir que os salários dos trabalhadores aumentem.
A expectativa é que o republicano anuncie uma série de ordens executivas e decretos assim que for empossado como presidente. As medidas devem impactar áreas como imigração e energia e os anúncios ficam na mira dos investidores, que agora tentam avaliar os primeiros passos de Trump em seu novo mandato. (Entenda mais abaixo)
Ainda no exterior, o mercado avalia novos indicadores de atividade na China e segue atento às notícias envolvendo um cessar-fogo entre Israel e Hamas.
No Brasil, o destaque fica com a sanção, por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do primeiro projeto de lei que regulamenta a reforma tributária, aprovado pelo Congresso Nacional no fim do ano passado.
O projeto detalha regras para a cobrança dos três novos impostos sobre o consumo criados pela reforma tributária, promulgada em 2023.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
Às 09h10, o dólar operava em queda de 0,33%, cotado a R$ 6,0335. Veja mais cotações.
Na véspera, a moeda norte-americana subiu 0,48%, cotada a R$ 6,0532.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,79% na semana;
recuo de 2,05% no mês e no ano.
Ibovespa
As negociações no Ibovespa, por sua vez, começam às 10h.
Na véspera, o índice recuou 1,15%, aos 121.234 pontos.
Com o resultado, acumulou:
alta de 2% na semana;
ganho de 0,79% no mês e no ano.
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O que está mexendo com os mercados?
A expectativa pela posse de Trump como presidente dos Estados Unidos, prevista para a próxima semana, é o principal mote dos negócios nesta sexta-feira (17). Investidores tentam avaliar quais os efeitos das medidas do republicano da política econômica do país. A previsão é que Trump anuncie uma série de decretos já nos primeiros dias de mandato.
Na véspera, o novo secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, afirmou que as políticas de Trump devem ajudar a reduzir a inflação e a aumentar os salários dos trabalhadores nos Estados Unidos. Ele também reiterou que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) deve continuar independente, e defendeu sanções mais duras ao setor petrolífero da Rússia.
“Os temas políticos vão se tornar cada vez mais relevantes, conforme temos os primeiros passos e movimentos do governo de Donald Trump”, afirmou a estrategista de investimentos da XP Rachel de Sá durante live nesta sexta-feira.
Do lado macroeconômico, os sinais recentes sobre a atividade dos Estados Unidos também seguem no radar. Na véspera, o país reportou dados mais fracos no segmento varejista, além de um aumento maior do que o esperado no número de pedidos de auxílio-desemprego — o que indica que a economia do país tem perdido força, mas de maneira gradual.
Com isso, seguem as expectativas de que o Fed mantenha sua postura cautelosa na condução da política monetária norte-americana ao longo deste ano. A projeção da XP é que a instituição faça apenas mais dois cortes de juros em 2025.
Ainda no exterior, investidores também avaliam uma série de indicadores macroeconômicos chineses. Durante a madrugada desta sexta-feira (horário de Brasília), o país reportou um crescimento de 5% no Produto Interno Bruto (PIB) do ano passado, com aumento nos números de exportações, produção industrial e vendas no varejo.
Apesar do crescimento em ritmo mais lento do que o observado no ano anterior, os dados reforçam a postura de Pequim, que vem tentando reestimular a economia do gigante asiático, que tem enfrentado dificuldades devido ao menor gasto dos consumidores e às pressões deflacionárias.
Desde a pandemia da Covid-19, houve enfraquecimento do setor imobiliário — que costumava ser um dos principais motores da atividade comercial.
Na agenda de indicadores, destaque para os números de produção industrial e do varejo nos Estados Unidos, além dos dados de inflação ao consumidor na zona do euro.
Já por aqui, as atenções se voltam para a aprovação do primeiro projeto de lei que regulamenta a reforma tributária pelo presidente Lula na véspera. O texto foi aprovado pela Câmara e pelo Senado em 2024.
O texto estabelece “trilhas” para o funcionamento e as cobranças do novo sistema de tributação sobre produtos e serviços. O regime será totalmente implementado em 2033, depois de uma transição gradual iniciada em 2026.
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Além disso, ainda seguem no radar os desdobramentos acerca das polêmicas envolvendo o PIX. Após gerar uma repercussão negativa, o governo decidiu revogar o ato que ampliou as normas de fiscalização no sistema de pagamentos.
A medida veio após uma enxurrada de fake news que invadiu as redes, dizendo que o PIX seria taxado, o que não é verdade. Integrantes da equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — e até mesmo o próprio presidente — chegaram a gravar vídeos e dar declarações para esclarecer as medidas, mas não obtiveram sucesso.
Além da revogação da norma, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também informou que o governo vai editar uma medida provisória para assegurar que as transferências realizadas por meio do PIX não possam ser tributadas. A MP também vai determinar que seja proibido diferenciar preços de produtos e serviços para o pagamento em dinheiro ou via PIX.
*Com informações da agência de notícias Reuters
Fonte: G1 Read More