Trump cria sua ‘memecoin’ e valor dispara; entenda se presidente dos EUA pode criar uma criptomoeda
21/01/2025Haddad determina 25 objetivos na agenda econômica para 2025 e 2026
21/01/2025
Na véspera, a moeda norte-americana teve uma queda de 0,40%, cotada a R$ 6,0411. Já o principal índice da bolsa de valores brasileira avançou 0,41%, aos 122.855 pontos. Dólar
REUTERS/Lee Jae-Won
O dólar abriu a sessão desta terça-feira (21) em alta, conforme investidores repercutiam as primeiras ações tomadas por Donald Trump, novo presidente dos Estados Unidos. Na véspera, o republicano tomou posse e assinou uma série de ordens executivas já no primeiro dia de governo.
Entre as medidas, estão a declaração de emergência da fronteira com o México, a retirada do país do Acordo de Paris e o perdão presidencial para acusados pelos ataques ao Capitólio de 6 de janeiro de 2021. As ordens executivas foram classificadas como “prioritárias” pela Casa Branca.
Já no Brasil, o dia de agenda fraca volta as atenções do mercado para as medidas apresentadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na reunião ministerial feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na véspera.
O ministro listou as prioridades para a política econômica ao longo deste ano, citando medidas para fortalecer o arcabouço fiscal e a reforma do imposto de renda, que deve isentar o pagamento de imposto para quem ganha até R$ 5 mil mensais.
Investidores ainda acompanham a divulgação de balanços corporativos e seguem à espera de novos dados de inflação, previstos para esta semana.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
Às 09h01, o dólar operava em alta de 0,28%, cotado a R$ 6,0580. Veja mais cotações.
Na véspera, a moeda norte-americana recuou 0,40%, aos R$ 6,0411.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,40% na semana;
recuo de 2,24% no mês e no ano.
a
Ibovespa
As negociações do Ibovespa, por sua vez, começam às 10h.
Na véspera, o índice avançou 0,41%, aos 122.855 pontos.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,41% na semana;
ganho de 2,14% no mês e no ano.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
O que está mexendo com os mercados?
Sem grandes destaques no noticiário do dia, os efeitos da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos segue fazendo preço nos mercados, conforme investidores continuam a medir os efeitos das medidas do republicano na política econômica do país e ao redor do planeta.
Trump assinou uma série de ordens executivas no seu primeiro dia de mandato, no que a Casa Branca classificou como medidas prioritárias do novo governo. Entre elas, estavam a declaração de emergência na fronteira com o México, a retirada do país do Acordo de Paris e o perdão presidencial para acusados pelos ataques ao Capitólio de 6 de janeiro de 2021.
O novo presidente dos EUA também afirmou que a relação do país com a América Latina e com o Brasil “é excelente”, mas destacou que a região “precisa mais dos Estados Unidos” do que o contrário.
“A relação é excelente. Eles precisam de nós, muito mais do que nós precisamos deles. Não precisamos deles. Eles precisam de nós. Todos precisam de nós”, respondeu Trump ao ser perguntado se iria falar com o presidente Lula e como seria a relação com o Brasil e com a América Latina.
A frase foi dita em resposta a uma pergunta da repórter da TV Globo Raquel Krähenbühl sobre se Trump falaria com o presidente Lula e como seria a relação com Brasil e América Latina feita enquanto o presidente americano assinava os primeiros decretos do novo mandato no salão oval da Casa Branca.
Durante o discurso de posse, Trump falou do começo de uma “era de ouro” nos Estados Unidos, revelou planos de “expandir o território” e confirmou uma série de decretos anti-imigração e protecionistas.
“Embora suspeitemos que um bom grau de volatilidade ainda persistirá por algum tempo, esperamos que seu primeiro ano no cargo coincida com uma nova valorização do dólar e das ações dos EUA”, disse James Reilly, economista sênior de mercados da Capital Economics, à agência Reuters.
Trump assume o cargo com uma agenda ambiciosa que inclui reforma comercial, repressão à imigração, cortes de impostos e flexibilização da regulamentação de criptomoedas. Gerentes de investimento estão ajustando portfólios, observando o discurso em busca de sinais que possam desencadear movimentos de mercado de curto prazo.
“A incerteza continua sendo a palavra de ordem, com todos atentos a respostas para perguntas como se a ameaça de tarifas se tornará realidade ou continuará sendo uma manobra de negociação no primeiro dia”, disse Sam Stovall, estrategista-chefe de mercado da CFRA Research, também à Reuters.
Os planos tarifários de Trump podem aumentar os temores de inflação, pressionando os preços dos títulos e das ações. Os esforços para apertar os controles de imigração também podem repercutir nesses mercados.
Já o preço do bitcoin caiu do pico de US$ 109 mil depois que Trump não fez nenhum pronunciamento específico sobre criptomoedas em seu discurso de posse.
Na semana passada, o novo secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, afirmou que as políticas de Trump devem ajudar a reduzir a inflação e a aumentar os salários dos trabalhadores nos Estados Unidos. Ele também reiterou que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) deve continuar independente, e defendeu sanções mais duras ao setor petrolífero da Rússia.
“Os temas políticos vão se tornar cada vez mais relevantes, conforme temos os primeiros passos e movimentos do governo de Donald Trump”, afirmou a estrategista de investimentos da XP Rachel de Sá durante live na última sexta-feira.
Na agenda de indicadores internacionais, novos dados dos índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês), que trazem um termômetro da atividade econômica, devem ser divulgados na Europa, nos Estados Unidos e no Japão ao longo desta semana.
Além disso, os bancos centrais da China e do Japão também devem anunciar novas taxas de juros ao longo dos próximos dias. O início do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, também fica no radar.
No Brasil, além das mudanças de expectativa de inflação, o Focus trouxe projeção do mercado para o juro básico da economia em 15% ao ano, uma manutenção em relação à semana anterior. Para o fim de 2026, o mercado financeiro elevou a projeção de 12% para 12,25% ao ano.
Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025, a projeção do mercado subiu de 2,02% para 2,04%. Já para 2026, a previsão de alta do PIB do mercado financeiro recuou de 1,80% para 1,77%.
Na agenda doméstica, o foco fica com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do país. O indicador deve ser divulgado na próxima sexta-feira. As estatísticas do setor externo e dados da arrecadação tributária federal referentes a dezembro também tendem a ficar sob os holofotes.
Fonte: G1 Read More