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Conforme o esperado, o Banco Central subiu a taxa básica de juros da economia, a Selic, de 13,25% a.a. para 14,25% a.a. É o maior patamar desde o governo Dilma Rousseff. Além do aumento, o Copom (Comitê de Política Monetária) contratou mais um aumento, de menor magnitude, para maio. Resta saber se a taxa vai para 15%a.a., conforme previsão do Boletim Focus, ou 14,75% a.a. Se o aumento vai ser de 0,5 p.p. ou 0,75 p.p. pouco importa, dado que a Selic já se encontra em patamar bem restritivo. Com a taxa básica de juros em 14,25% a.a, o custo de crédito na ponta inevitavelmente vai subir, tanto para o consumidor quanto para as empresas, ajudando a conter a inflação ao desaquecer a economia. Não há dúvidas de que a taxa neste patamar ajuda a conter a alta dos preços. A questão que se coloca é se “a Selic não poderia ser menor a fim de causar menos danos para o setor produtivo”? A resposta é “sim”, desde que o governo federal fizesse a sua parte na política fiscal.
O grande problema atual é que o Banco Central faz força para controlar a inflação, e o governo faz pressão contrária, na medida em que concede isenções fiscais, eleva o gasto público e patrocina o crédito subsidiado, que opera abaixo da Selic. Evidentemente, com essa política fiscal expansionista, o Banco Central não tem outra alternativa a não ser subir fortemente os juros para controlar a inflação. A culpa da Selic estar neste patamar é da falta de responsabilidade fiscal por parte do governo federal, e não do Banco Central.
Fonte: Jovem Pan Read More