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No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 0,50%, cotada a R$ 5,6757. Já o principal índice da bolsa encerrou em queda de 0,38%, aos 132.008 pontos. Notas de real e dólar
Amanda Perobelli/ Reuters
O dólar inicia o pregão desta sexta-feira (21) com investidores de olho no Orçamento de 2025, aprovado pelo Congresso Nacional na véspera.
Em um dia de agenda de indicadores econômicos mais vazia, o que repercute no mercado é o cenário político, com a aprovação do Orçamento para o país neste ano.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
💲Dólar
Às 09h01, o dólar subia 0,20%, cotado a R$ 5,6873. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda americana teve alta de 0,50%, cotada a R$ 5,6757.
Com o resultado, acumulou:
queda de 1,18% na semana;
recuo de 4,07% no mês; e
perda de 8,16% no ano.
a
📈Ibovespa
O Ibovespa começa a operar às 10h.
Na véspera, o índice teve queda de 0,38%, aos 132.008 pontos.
Com o resultado, o Ibovespa acumulou:
alta de 2,37% na semana;
avanço de 7,50% no mês; e
ganho de 9,75% no ano.
O que está mexendo com os mercados?
O mercado segue, também, repercutindo as decisões de política monetária anunciadas pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do banco Central do Brasil (BC) e pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
No começo da noite de quarta-feira (19), o Copom anunciou sua decisão de elevar a taxa Selic ao patamar de 14,25% ao ano, conforme já era amplamente esperado pelo mercado.
Essa foi a quinta alta consecutiva dos juros no país — e não deve parar por aí. Em nota, o BC indicou que ainda poderá aumentar novamente a Selic na próxima reunião, marcada para 6 e 7 de maio.
“Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, da elevada incerteza e das defasagens inerentes ao ciclo de aperto monetário em curso, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de menor magnitude na próxima reunião”, diz o comunicado.
Até fevereiro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) já acumula uma alta de 5,06% em 12 meses. Até o fim de 2025, a expectativa do mercado, segundo o relatório de projeções do BC, o Boletim Focus, é de uma inflação anual de 5,66%.
Se esse patamar se confirmar, a inflação vai encerrar mais um ano acima da meta do BC. A meta é de 3% e, para ser considerada formalmente cumprida, precisa estar em um nível entre 1,50% e 4,50%.
“Essa decisão encarece o crédito, reduz o consumo e pode desacelerar a economia no médio prazo, mas reforça o compromisso com a estabilidade de preços”, pontua Sidney Lima, analista de investimentos da Ouro Preto Investimentos.
“No entanto, sem ajustes fiscais e um ambiente econômico confiável, os efeitos positivos da alta dos juros podem ser limitados”, afirma.
Diante desse cenário, também ficou no radar as falas recentes do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre o cenário macroeconômico brasileiro.
“Eu não acredito que você precise de uma recessão para baixar a inflação no Brasil. Acho que você consegue administrar a economia de maneira a crescer de forma sustentável sem que a inflação saia do controle”, disse Haddad em entrevista ao programa “Bom dia, ministro”, do CanalGov.
O ministro também afirmou que o desejo da equipe econômica é que o projeto de Orçamento de 2025 seja votado o quanto antes pelo Congresso.
No exterior, investidores ainda repercutiam a decisão do Fed, de manter as taxas de juros dos EUA inalteradas entre 4,25% e 4,50% ao ano. Apesar de terem sinalizado dois possíveis cortes de juros ainda neste ano, os dirigentes do Fed indicaram que as incertezas econômicas aumentaram no país.
Economistas têm alertado sobre os impactos das tarifas aplicadas pelo presidente americano, Donald Trump. Algumas tarifas estão em vigor, enquanto outras foram suspensas. Leia mais sobre o assunto aqui.
Essas taxas podem aumentar a inflação nos EUA, já que elevam os custos de produção e podem ser repassados ao consumidor final. Além disso, a incerteza causada pelas tarifas e ameaças tem prejudicado a confiança dos consumidores, levantando temores de desaceleração ou até recessão na maior economia do mundo.
Fonte: G1 Read More