
Trump está blefando? Entenda o que pode estar por trás da estratégia do tarifaço do presidente dos EUA
08/04/2025
Dívida bruta do Brasil alcança 76,2% do PIB em fevereiro, segundo BC
08/04/2025
Para Alexandre Silveira, redução é possível em razão da queda, de cerca de US$ 5, da cotação do petróleo no mercado internacional nesta semana. Ministro de Minas e Energias, Alexandre Silveira defende aumento da parcela do etanol na mistura da gasolina
Ricardo Botelho/MME
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta terça-feira (8) que o preço dos combustíveis tem “todas as condições” para ser reduzido, considerando a queda desta semana na cotação do petróleo no mercado internacional.
Silveira ressaltou, contudo, que a queda do petróleo é um reflexo da política de comércio exterior do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que impôs tarifas aos seus parceiros na última semana.
“Considerando o preço do Brent dessa semana, naturalmente, nós temos o preço que tem todas as condições de ser reduzido. Agora, é importante dizer que o preço que está refletido esta semana no Brent leva muito em consideração as loucuras cometidas pelo presidente dos Estados Unidos”, afirmou o ministro em entrevista a jornalistas.
No momento de publicação desta reportagem, o petróleo do tipo Brent (usado como padrão internacional) estava sendo cotado a US$ 64,85 por barril. Na última semana, o barril estava precificado no patamar dos US$ 70 por barril.
Em conversa com jornalistas após participar da abertura do evento “Gas Week” em Brasília, Silveira negou que tenha pressionado a Petrobras por mais uma redução no preço do diesel.
Contudo, segundo apurou o g1, o ministério calcula que o preço da Petrobras está nove centavos acima da paridade internacional.
De acordo com dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) para esta terça-feira (8), o preço praticado pela Petrobras está R$ 0,13 acima da paridade no caso do diesel. Já para a gasolina a Petrobras está com valores R$ 0,12 a mais.
“Tenho certeza, a presidente da Petrobras, a companheira Magda [Chambriard], é muito diligente, muito responsável […]. É uma pessoa serena, equilibrada, uma pessoa que compreende bem a importância de se equilibrar entre os interesses nacionais e interesses dos acionistas”, declarou.
No último dia 1º, a Petrobras já implementou uma redução no preço do diesel nas refinarias. O litro ficou R$ 0,17 mais barato, uma queda de 4,78%.
Como funciona a política de preços da Petrobras
Dólar dispara no Brasil sob efeito Trump
Em maio de 2023, a Petrobras anunciou uma mudança na sua política de preços dos combustíveis, que passou a ter o preço internacional como um dos componentes, mas não o único.
A ideia era evitar que as oscilações no preço do petróleo no cenário externo levassem a mudanças bruscas no preço do combustível internamente.
Segundo estudo da Leggio Consultoria, a estatal tem mantido o valor dos combustíveis pouco abaixo do preço de importação – cerca de 5% menor. E segura por um mês o momento de fazer os repasses.
Ou seja, os reajustes são aplicados, mas sempre com um mês de atraso e sempre mantendo o preço cerca de 5% menor que no mercado externo.
Pelo levantamento, os repasses de alta demoram cerca de um mês para ocorrer. Porém, quando o movimento é de queda no mercado internacional, a estatal repassa a redução com mais rapidez.
Fonte: G1 Read More