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Guerra comercial entre China e EUA joga holofotes sobre países que poderiam ganhar espaço na fabricação do smartphone, ainda muito concentrada no país asiático. iPhone 16 em uma loja da Apple em Nova York, em foto de setembro de 2024
AP Photo/Ted Shaffrey
Com a China ainda respondendo pela maior parte da produção de iPhones no mundo, a guerra comercial entre o país asiático e os EUA motiva especulações sobre se a Apple deverá investir na produção em outros centros.
A supertaxa para os asiáticos deve fazer com que iPhones e outros itens importados subam bastante de preço para o consumidor americano.
No tarifaço de Trump, o Brasil recebeu uma taxa de 10% para a entrada de seus produtos nos EUA enquanto a China ficou com 125%, até agora.
Os iPhones vendidos no Brasil são feitos em Jundiaí (SP) pela taiwanesa Foxconn, que monta esses aparelhos a serviço da Apple.
A produção local estreou em 2011 e a Apple informa que ela está totalmente voltada para o mercado brasileiro. Atualmente são montadas no Brasil as linhas 14, 15 e 16 do iPhone. Os modelos Pro, mais sofisticados, são importados.
Perguntada sobre a possibilidade de passar a exportar aparelhos montados no Brasil, a Apple disse que não comenta especulações. Em relação a um aumento na produção, a marca afirmou que não existem planos no momento.
A Apple não respondeu qual é o volume de produção em Jundiaí, sob a justificativa de que não divulga números locais.
O g1 procurou a Foxconn, mas não teve retorno. No LinkedIn, a filial brasileira diz ter entre 5.000 e 10.000 funcionários. A empresa não produz apenas iPhones, mas também atende a outras marcas de tecnologia.
Unidade da Foxconn em Jundiaí (SP)
Renato Jakitas/G1
Índia ganha espaço, mas China domina
A Apple vem buscando uma descentralização da China nos últimos anos. A criadora do iPhone tem investido principalmente na Índia e no Vietnã.
Ambos os países receberam taxas mais altas que o Brasil no tarifaço de Trump, mas inferiores às aplicadas aos chineses: 46% e 26%, respectivamente.
Mas, nesta quarta-feira (9), o presidente dos EUA reduziu, temporariamente, as tarifas de todos os países afetados para 10% — exceto para a China.
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A CNBC reportou que a China responde por 80% da produção de iPhones e iPads, além de 55% da linha Mac, citando dados de março atribuídos à consultoria Evercore ISI.
A Índia passou a produzir 10% a 15% dos iPhones, enquanto o Vietnã é responsável por cerca de 20% da produção de iPads e 90% dos vestíveis (Apple Watch e Air Pod), segundo a mesma fonte.
Outros países que fornecem para a Apple são Malásia e Tailândia, que também produzem a linha Mac, além de Coreia do Sul, Japão, Taiwan e os próprios Estados Unidos, na parte de componentes.
Produção nos EUA não resolveria preço
A equipe de Trump diz que o presidente espera que iPhones passem a ser montados nos EUA, com mas analistas explicam que essa transferência não seria simples e isso não necessariamente resolveria a questão do preço.
Segundo o Bank of America, o iPhone pode ficar 90% mais caro se for produzido nos EUA, se as taxas anunciadas por Trump fossem mantidas.
E não é só a questão da importação de componentes. “O valor do iPhone poderia subir 25% só com os custos trabalhistas dos EUA”, disse Wamsi Mohan, analista do banco, em um comunicasdo para clientes divulgado nesta quarta-feira e reportado pela Bloomberg.
Em fevereiro, logo após a posse de Trump, a Apple anunciou um investimento de mais de US$ 500 bilhões (R$ 2,85 trilhões) para criar 20 mil empregos nos EUA nos próximos quatro anos.
O objetivo não é a transferência da linha de montagem do iPhone, mas aumentar a capacidade de unidades de produção já existentes nos EUA e construir uma nova fábrica em Houston, no Texas, destinada a produzir servidores que até agora eram fabricados “fora dos Estados Unidos”, segundo o comunicado da empresa.
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Fonte: G1 Read More