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Na quarta-feira, a moeda norte-americana subiu 0,42%, cotada a R$ 5,6324. Já a bolsa de valores encerrou em queda de 0,39%, aos 138.423 pontos. Notas de dólar
Murad Sezer/ Reuters
O dólar abriu perto da estabilidade nesta quinta-feira (15), a R$ 5,63, com o mercado financeiro de olho na divulgação de dados de março sobre as vendas no varejo brasileiro e na queda dos preços do petróleo bruto.
Os investidores também estão na expectativa pelo discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, que deve trazer novas pistas sobre o caminho da política monetária americana.
Na quarta-feira, o dólar fechou em alta, em um dia de reajustes após ter caído ao menor patamar desde outubro do ano passado. O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa brasileira (B3), caiu depois de bater um recorde histórico na terça, fechando aos 138 mil pontos pela primeira vez.
A grande notícia da semana, que impulsionou os mercados globais, foi a trégua tarifária entre China e EUA. As duas potências concordaram em diminuir significativamente as taxas sobre produtos de importação durante 90 dias.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
💲Dólar
Às 9h04, o dólar subia 0,07%, cotado a R$ 5,6361. Veja mais cotações.
Na véspera, a moeda americana fechou em alta de 0,42%, cotado a R$ 5,6324.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,39% na semana;
recuo de 0,79% no mês; e
perda de 8,86% no ano.
a
📈Ibovespa
O Ibovespa começa a operar às 10h.
Na véspera, o índice fechou em queda de 0,39%, aos 138.423 pontos.
Com o resultado, o índice acumulou:
alta de 1,40% na semana;
avanço de 2,48% no mês; e
ganho de 15,08% no ano.
O que está mexendo com os mercados?
O dólar passou por um dia de reajustes nesta quarta-feira, após ter caído ao menor patamar desde outubro do ano passado. O alívio na moeda veio com a diminuição das tensões, em meio à guerra tarifária causada por Donald Trump.
O presidente do Goldman Sachs, John Waldron, afirmou que a recente diminuição dos investimentos em dólares indica que o mercado tem uma postura mais equilibrada em relação à moeda norte-americana.
Ele afirmou que os investidores estavam otimistas sobre o desempenho dos EUA em comparação com o resto do mundo. “A maioria tinha uma exposição maior aos EUA”, disse ele. Mas a decisão de aumentar as tarifas sobre os parceiros comerciais fez com que alguns investidores se afastassem dos ativos norte-americanos.
“O que vimos desde 2 de abril é mais uma redução do excesso de dólares, não uma retirada em massa”, disse Waldron em entrevista à Reuters.
A recente trégua na guerra comercial entre os EUA e a China desencadeou uma recuperação das ações e impulsionou o dólar, com o S&P 500 e o Nasdaq recuperando as perdas desde 2 de abril, quando Trump anunciou tarifas recíprocas abrangentes.
Acordo entre China e EUA
No ambiente externo, o acordo entre EUA e China sobre tarifas continuou a repercutir.
🔎 O mercado entende que o aumento das tarifas sobre produtos importados pelos EUA pode elevar os preços finais e os custos de produção, pressionando a inflação e reduzindo o consumo — o que pode levar a uma desaceleração da maior economia do mundo ou até mesmo a uma recessão global. Assim, a leitura é que a trégua tarifária entre os dois países diminui esses riscos.
Quando Trump anunciou as primeiras “tarifas recíprocas” a mais de 180 países, no que ele chamou de “Dia da Libertação”, no início de abril, as bolsas norte-americanas registraram as maiores quedas em um único dia desde 2020, ano em que o planeta enfrentava a pandemia de Covid-19.
Agora, a redução das tarifas representou um alívio para os investidores. As principais bolsas de Nova York dispararam após o anúncio. As ações chinesas também decolaram e fecharam em alta.
O acordo teve um resultado mais positivo do que muitos analistas esperavam. “Eu achava que as tarifas seriam reduzidas para algo em torno de 50%”, disse Zhiwei Zhang, economista-chefe da Pinpoint Asset Management em Hong Kong, à Reuters.
“Obviamente, esta é uma notícia muito positiva para as economias de ambos os países e para a economia global, e deixa os investidores muito menos preocupados com os danos às cadeias de suprimentos globais no curto prazo”, acrescentou Zhang.
Nesta quarta-feira (14), o Ministério do Comércio da China suspendeu algumas medidas não tarifárias adotadas contra 17 entidades norte-americanas incluídas em sua lista de entidades não confiáveis em abril e 28 entidades dos EUA que estavam em sua lista de controle de exportação.
No entanto, analistas também alertaram para ter cautela com o otimismo, já que várias tarifas dos EUA contra produtos da China e de muitos outros países continuam em vigor.
“Esta é uma redução substancial da tensão. No entanto, os EUA ainda impõem tarifas muito mais altas à China”, ponderou Mark Williams, economista-chefe para a Ásia da Capital Economics. “Não há garantia de que a trégua de 90 dias dará lugar a um cessar-fogo duradouro.”
Entre os indicadores do dia, investidores repercutem os novos dados de serviços divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o instituto, o setor voltou a crescer no final do primeiro trimestre e teve alta de 0,3% em março. O resultado, no entanto, ficou um pouco abaixo do esperado pelo mercado para o período e representa uma desaceleração ante fevereiro (0,9%).
No consolidado do trimestre, o volume de serviços registrou queda de 0,2% em comparação aos três meses anteriores, interrompendo uma sequência de sete trimestres seguidos de ganhos.
*Com informações da agência de notícias Reuters.
Fonte: G1 Read More