
Governo Trump irá pressionar países por propostas ‘melhores’ em negociações sobre tarifas
02/06/2025
Anatel tira de circulação 3,3 mil produtos irregulares, como drones, celulares e aparelhos de TV Box
02/06/2025
O dólar abriu a semana e o mês em queda firme no mercado local, em sintonia com a onda de desvalorização da moeda americana no exterior após sinais de acirramento da guerra comercial. China e EUA trocaram acusações mútuas de descumprimento de trégua tarifária de 90 dias acordada no mês passado. Além disso, o presidente Donald Trump anunciou aumento de 25% para 50% a taxação sobre importações de aço e alumínio, que entram em vigor na quarta-feira (4).
Operadores observam que o real apresentou desempenho inferior ao de seus principais pares, como os pesos chileno e mexicano – o que pode ser atribuído ao aumento da percepção de risco fiscal, seja pela incerteza envolvendo o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), seja pela mudança da perspectiva do rating brasileiro pela Moody’s de positiva para estável, afastando da obtenção do grau de investimento.
Após mínima a R$ 5,6671 pela manhã, o dólar reduziu parte das perdas na segunda etapa de negócios, com a virada do Ibovespa para o campo negativo. Com máxima a R$ 5,7102, a divisa terminou o primeiro pregão de junho em baixa de 0,77%, a R$ 5,6757, depois de ter recuado 0,76% em maio. No ano, a moeda americana acumula desvalorização de 8,16% em relação ao real, que tem o melhor desempenho entre as divisas latino-americanas no período.
O Congresso já ameaçou derrubar o decreto do aumento do IOF, alvo de críticas do setor produtivo e da classe política. Pela manhã, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que não precisa de dez dias para propor alternativas ao IOF, prazo dado ao ministro na semana passada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Segundo o ministro, é preciso uma decisão política para calibrar o decreto do IOF e elaborar soluções estruturais para sanear as contas públicas no longo prazo – uma vez que “não dá para dissociar mais uma coisa da outra”. “Nós precisamos tomar uma decisão política do que será feito. E diante do que eu ouvi, eu acredito que essa semana a gente possa resolver e melhorar tanto a regulação do IOF, combinado com as questões estruturais”, afirmou Haddad.
No exterior, o índice DXY – que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de seis moedas fortes – recuava cerca de 0,60% no fim da tarde, com destaque para os ganhos do euro e iene. Entre divisas emergentes e de países exportadores de commodities, destaque para o dólar australiano e o neozelandês. Os preços do petróleo subiram mais de 3%.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Carolina Ferreira
Fonte: Jovem Pan Read More