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Trump critica presidente da China: ‘Muito duro e extremamente difícil de fazer um acordo’
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Na terça-feira, a moeda norte-americana recuou 0,70%, cotada a R$ 5,6352. Já a bolsa encerrou em alta de 0,56%, aos 137.546 pontos. Dólar
Karolina Kaboompics/Pexels
O dólar opera em queda 0,16% nesta quarta-feira (4), cotado a R$ 5,6260 às 9h02. O Ibovespa só começa a operar após as 10h.
▶️ Os investidores se preparam para dois leilões simultâneos de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) anunciados pelo Banco Central (BC), com oferta total de até US$ 1 bilhão. As propostas serão acolhidas das 10h30 às 10h35 e as operações de venda de dólares por parte do BC serão liquidadas em 2 de julho.
▶️ O mercado também repercute o aumento das tarifas sobre importações de aço, alumínio e derivados nos Estados Unidos que entrou em vigor hoje. As taxas, que até então eram de 25%, passaram a ser de 50%, conforme decreto assinado pelo presidente americano Donald Trump.
▶️ Além disso, por aqui, os analistas do mercado financeiro seguem de olho nos impasses em relação ao aumento do IOF. A equipe econômica do governo tem sofrido pressões do Congresso para derrubar a medida.
Na tarde desta terça-feira (3), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que apresentou uma proposta aos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). A medida, no entanto, só será apresentada ao público na semana que vem.
Entenda abaixo como cada um desses fatores impacta o mercado.
💲Dólar
a
Acumulado da semana: -1,45%;
Acumulado do mês: -1,45%;
Acumulado do ano: -8,81%.
📈Ibovespa
Acumulado da semana: +0,38%;
Acumulado do mês: +0,38%;
Acumulado do ano: +14,35%.
Tarifas dobradas sobre aço e alumínio
No último capítulo da guerra de tarifas imposta pelos Estados Unidos, o presidente norte-americano Donald Trump assinou um decreto para dobrar as tarifas sobre importações de aço, alumínio e derivados no país, o que afeta diretamente o Brasil.
A medida voltou a acender o alerta sobre possíveis impactos da política tarifária dos EUA na inflação do país e do mundo.
🔎 O mercado entende que o aumento das tarifas sobre importações pode elevar os preços finais e os custos de produção, pressionando a inflação e reduzindo o consumo — o que pode levar à desaceleração da maior economia do mundo e até a uma recessão global.
Nesta terça, inclusive, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reduziu a projeção de crescimento econômico global para 2,9% em 2025 e 2026, por causa das tensões comerciais e incertezas geradas por Trump.
Além disso, nesta quarta, Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, divulga o livro bege, um relatório descritivo sobre as condições da economia americana.
A ação de dobrar as tarifas ocorre em um momento em que os EUA buscam negociações mais vantajosas com os países afetados pelo tarifaço imposto no início de abril.
Embora as taxas tenham sido parcialmente suspensas, elas serão retomadas integralmente em 8 de julho — e têm servido como ferramenta do presidente na tentativa de firmar acordos mais favoráveis com outras nações.
Na segunda-feira (2), Trump indicou que vai pressionar os países para que apresentem propostas “melhores” nas negociações comerciais com os EUA.
Na semana passada, a suspensão da maioria das taxas pela Justiça americana trouxe alívio aos investidores, mas o sentimento durou pouco.
Algumas horas depois, a Corte de Apelações do Circuito Federal dos EUA aceitou o recurso de Trump e restabeleceu o tarifaço, fazendo com que os mercados financeiros voltassem a atuar com cautela.
Além disso, as tensões aumentaram ainda mais depois que Trump acusou a China de violar o acordo sobre as tarifas. Em resposta, o Ministério do Comércio chinês disse as acusações eram “infundadas” e prometeu tomar medidas energéticas para proteger seus interesses.
Nesta quarta (4), Trump publicou nas redes sociais que gosta do presidente da China, Xi Jinping, mas que ele é “durão” e “extremamente difícil de fazer um acordo”.
Nos EUA, Trump dobra tarifas sobre aço importado
Impasse do IOF
No Brasil, a crise do governo após o anúncio do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), há duas semanas, também continua a mexer com os mercados.
A elevação do IOF foi proposta há duas semanas, junto com um bloqueio de R$ 31,3 bilhões no orçamento deste ano. O objetivo era o de equilibrar as contas públicas e cumprir a meta fiscal.
No entanto, o mercado reagiu mal à decisão, o que levou o governo a recuar no mesmo dia de parte da medida. Além disso, o Congresso começou a se movimentar para aprovar uma derrubada do decreto presidencial sobre o aumento de imposto, algo inédito nos últimos 25 anos.
O governo, então, buscou os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e negociou um prazo de dez dias para apresentar uma proposta alternativa que substitua parte dos ganhos que seriam obtidos com o novo IOF.
Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a proposta foi apresentada nesta terça-feira (3), mas só será divulgada ao público na semana que vem. Até lá, a alta do IOF continua.
No início da semana, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reforçou sua posição crítica em relação ao aumento do IOF.
“Sempre tive a visão de que a gente não deveria usar o IOF nem para questões arrecadatórias nem para apoiar política monetária. Acho que é um imposto regulatório, como está bem definido”, afirmou Galípolo, durante evento com analistas do mercado financeiro.
Equipe econômica apresenta aos presidentes do Senado e da Câmara propostas alternativas ao aumento do IOF
Fonte: G1 Read More