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O dólar apresentou leve alta no mercado local na sessão desta quarta-feira (4), e fechou na casa de R$ 5,64. O escorregão do real veio apesar do enfraquecimento global da moeda americana, na esteira de dados econômicos abaixo do esperado nos EUA, que reforçam a expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) neste ano. Operadores atribuíram a falta de fôlego do real ao menor otimismo em torno das medidas em estudo no governo para ajustar as contas públicas, em substituição às alterações do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Na terça, a despeito da alta global do dólar, o real não apenas se fortaleceu como apresentou o melhor desempenho entre as moedas mais líquidas, embalado por sinais de que estariam sendo debatidas ações fiscais mais estruturais.
Com máxima a R$ 5,6535 na última hora de negócios, em paralelo a mínimas do Ibovespa, o dólar à vista encerrou a sessão em alta de 0,17%, a R$ 5,6455. A moeda ainda acumula queda de 1,29% nos três primeiros pregões da semana e de junho. Pela manhã, a divisa até ensaiou uma queda, com mínima a R$ 5,6105. Lá fora, o índice DXY – que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de seis moedas fortes – recuou e furou o piso dos 99,000 pontos, com mínima aos 98,673 pontos. O dólar caiu em relação à maioria das divisas emergentes e de países exportadores de commodities. Dados da economia americana vieram abaixo do esperado, mostrando desaceleração da atividade, o que pode abrir espaço para cortes de juros pelo Fed neste ano.
O índice de gerentes de compras (PMI) do setor de serviços dos EUA medido pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) caiu de 51,6 em abril a 49,9 em maio, enquanto analistas previam alta para 52,2. Leitura abaixo de 50 indica contração. Já o relatório ADP mostrou que o setor privado nos EUA gerou 37 mil empregos em maio, bem abaixo das expectativas, de 130 mil.
Ibovespa cede 0,40%, aos 137 mil pontos, sob o peso de Petrobras
Após o leve rebote da terça-feira – que interrompeu sequência de quatro perdas -, o Ibovespa voltou a recuar nesta quarta-feira, 4, em baixa de 0,40%, aos 137.001,58 pontos, com giro a R$ 22,0 bilhões. Na mínima da sessão, o índice da B3 foi aos 136.695,49 pontos, em queda de 0,63%, saindo de abertura aos 137.547,09 pontos e tocando, na máxima do dia, os 138.796,91 pontos.
Na semana, o Ibovespa quase não tem variação (-0,02%), assim como neste começo de junho – no ano, sobe 13,90%. A baixa desta quarta-feira foi condicionada em especial pelas ações de Petrobras (ON -2,91%, na mínima do dia no fechamento; PN -2,75%), que se inclinaram mais do que as perdas vistas no petróleo na sessão, na casa de 1% em Londres, direcionadas pela notícia de que a Arábia Saudita quer que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) continue com aumentos acelerados na oferta da commodity nos próximos meses, dando maior importância à recuperação de participação de mercado O país, principal exportador de petróleo, reduziu o preço de julho do tipo Arab Light para compradores asiáticos.
Por outro lado, com recuperação de pouco mais de 1% para o minério de ferro em Cingapura e na China na sessão, Vale ON (+0,46%) – a única na sessão entre as blue chips – contribuiu para mitigar as perdas do Ibovespa neste meio de semana, negativo também para as ações de grandes bancos, como Banco do Brasil (ON -2,74%, também na mínima no dia no fechamento) e Santander (Unit -2,35%), com ajuste bem à frente de Itaú (PN -0,24%) na sessão.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Fernando Dias
Fonte: Jovem Pan Read More