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24/07/2025
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O dólar fechou em leve queda ante o real, bem próximo da estabilidade. A divisa brasileira conseguiu se descolar da valorização global do dólar, mas o pregão desta quinta-feira (24), foi marcado por volatilidade e, novamente, liquidez reduzida. Por mais que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tenha sinalizado nesta quarta-feira (23), que “alguns países” ficarão sem acordo e pagarão a tarifa de 50%, em referência ao Brasil, operadores do mercado financeiro destacam a possibilidade de ainda haver negociação ou, no pior dos casos, que a taxação não dure por tanto tempo. Também há expectativa de novo alívio inflacionário no IPCA-15 que será divulgado nesta sexta, 25, o que contribui junto com a alta do petróleo, sinais de novos estímulos na China e dados de arrecadação federal acima do esperado.
Com máxima a R$ 5,5391 pela manhã e mínima a R$ 5,5129 no fim da tarde, o dólar à vista fechou em queda de 0,06%, a R$ 5,5199. O mercado amanheceu com a notícia de que Trump disse que “alguns países com quem não estamos nos dando bem pagarão tarifa de 50%”, citando indiretamente o Brasil – único país que recebeu essa alíquota tarifária até o momento, justificando uma cautela maior na primeira parte do pregão. Contudo, com o passar das horas, o real conseguiu sustentar leve valorização ante o dólar, chamando a atenção em um pregão em que a divisa americana se valoriza inclusive ante pares fortes, vide DXY subindo 0,22% por volta das 17h20.
O mercado também não descarta totalmente negociações entre EUA e Brasil. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta tarde que o governo Lula está aberto a negociar, e que ele e o vice-presidente Geraldo Alckmin estão atuando “no nível técnico”, ainda que tenha ponderado que “não há negociação sem interlocução”. “O mercado está em compasso de espera em relação a questão de tarifas”, menciona o economista-chefe da Monte Bravo, Luciano Costa.
Ibovespa cai 1,15% e retorna aos 133,8 mil pontos, com foco ainda em Trump
O Ibovespa teve um segundo dia de perda em torno de 1%, o que o devolveu esta quinta, 24, à linha dos 133 mil pontos, retornando a níveis de fechamento da virada de abril para maio que haviam sido replicados, também, no encerramento de 18 de julho. Na sessão de hoje, oscilou dos 133.647,84 aos 135.362,58 pontos, saindo de abertura aos 135.356,88 pontos. Na semana, o Ibovespa sobe 0,32% e, no mês, recua 3,63% – no ano, o índice da B3 acumula ganho de 11,24%. Ainda mais fraco que o de ontem, quando havia ficado em R$ 17 bilhões, o giro caiu hoje para R$ 15,7 bilhões. E o Ibovespa cedeu 1,15%, aos 133.807,59 pontos.
O dia foi de perdas bem distribuídas pelas ações de primeira linha, de maior peso e liquidez no Ibovespa. Apenas 16 dos 84 componentes do índice conseguiram fechar no campo positivo, tendo Pão de Açúcar (+1,45%), Petz (+1,00%) e Vibra (+0,74%) à frente. No lado oposto, WEG (-4,68%), Embraer (-3,89%), Cyrela (-3,86%), Magazine Luiza (-3,33%) e Direcional (-3,32%) – assim como ontem, um conjunto de nomes exposto ao ciclo doméstico, como são as ações dos setores de varejo e construção.
Entre as blue chips, a principal ação da carteira, Vale ON, caiu 1,55% após uma série positiva em que havia se conectado ao noticiário positivo da China, especialmente o anúncio da construção de uma grande hidrelétrica no país. No grupo das maiores instituições financeiras, as perdas desta quinta-feira ficaram entre 0,45% (Santander Unit) e 1,26% (Bradesco PN). Petrobras ON e PN, por sua vez, tiveram variação de +0,11% (ON) e de -0,16% (PN) no fechamento.
No acumulado do ano, o fluxo de capital externo ainda está positivo em R$ 21,454 bilhões. Mas no mês, até o dia 22, conforme os dados mais recentes disponíveis na B3, a retirada líquida de recursos estrangeiros da Bolsa se aproxima agora de R$ 5 bilhões (-R$ 4,995 bilhões). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta que o plano de contingência elaborado pelo governo para responder às tarifas impostas pelos Estados Unidos está concluído e será submetido à análise do presidente Lula. Segundo o ministro, o documento reúne “medidas de todo gosto”, incluindo a possibilidade de abertura de linhas de crédito em apoio a empresas afetadas.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Fernando Dias
Fonte: Jovem Pan Read More