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Companhia aérea azul voos Araxá e Patos de Minas
Azul/Divulgação
A Azul Linhas Aéreas informou, na segunda-feira (11), que encerrou as operações de voos em 14 cidades brasileiras em 2025. As mudanças ocorreram em março e parte havia sido anunciada em janeiro – quando a companhia havia comunicado a suspensão em 12 municípios.
A companhia aérea passa por um processo semelhante à recuperação judicial, chamado Capítulo 11 da Lei de Falências, nos Estados Unidos. Ao menos duas audiências foram realizadas desde maio, quando o processo começou – entenda aqui.
Em uma apresentação para investidores, a companhia informou, no início de agosto, que o encerramento das operações nas cidades “não lucrativas” representava a eliminação de 53 rotas. Além disso, informava que iria focar nos hubs – o principal deles é o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP).
Lista de cidades
Crateús(CE)
São Benedito(CE)
Sobral (CE)
Iguatú (CE)
Campos (RJ);
Correia Pinto (SC)
Jaguaruna (SC)
Mossoró (RN)
São Raimundo Nonato (PI)
Parnaíba (PI)
Rio Verde (GO)
Barreirinhas (MA)
Três Lagoas (MS)
Ponta Grossa (PR)
Adequação da malha
Nesta segunda-feira, a companhia informou que as rotas operadas também passam, desde julho, por um processo “normal” de adequação da malha, “inclusive para novos voos que serão implantados na alta temporada”.
“Os ajustes levam em consideração, ainda, uma série de fatores que vão desde o aumento nos custos operacionais da aviação, impactados pela crise global na cadeia de suprimentos e a alta do dólar, até questões de disponibilidade de frota, bem como o seu atual processo de reestruturação”.
Recuperação judicial
A recuperação judicial da empresa, aprovada na Justiça dos Estados Unidos na primeira audiência do processo, em 29 de maio, prevê um financiamento de US$ 1,6 bilhão para eliminar a dívida.
Segundo a empresa, a intenção é manter todos os seus ativos, podendo continuar com a operação, negociar um possível adiamento de suas dívidas e, com aprovação judicial, conseguir um novo empréstimo.
O que está por trás da suspensão? g1 entrevista CEO, que revela corte de custos
“Parte desse capital será usada para comprar uma parte da dívida e parte para custear a operação da empresa durante esse período”, disse, após a primeira audiência, o vice-presidente da institucional da Azul, Fábio Campos.
No início de julho, a companhia informou ao g1 que obteve a aprovação final de todas as petições feitas durante segunda audiência que envolve a recuperação judicial.
Anúncio da suspensão em 12 cidades
Azul anuncia suspensão de operações em 12 cidades brasileiras; oito são do Nordeste
Em janeiro, quando fez o anúncio da suspensão das operações em 12 cidades, a companhia destacou que “as mudanças fazem parte do planejamento operacional, e os clientes impactados estão sendo comunicados previamente e receberão a assistência necessária, conforme prevê a resolução 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)”.
Na época, antes mesmo do processo de recuperação judicial nos EUA, a companhia citou os impactos causados pela crise global na cadeia de suprimentos e a alta no dólar, somada às questões de disponibilidade de frota e de ajustes de oferta e demanda entre as justificativas para a suspensão.
Pelos mesmos motivos, anunciou na mesma ocasião que os voos para Fernando de Noronha (PE) seriam operados somente a partir de Recife (PE) e que os de Juazeiro do Norte (CE) teriam como destino o Aeroporto de Viracopos.
As operações no aeroporto de Caruaru (PE) também foram “readequadas” devido à baixa ocupação. Os voos passaram a ser operados por aeronaves Cessna Grand Caravan, com capacidade para nove clientes.
A companhia ressaltou que “como empresa competitiva, reavalia constantemente as operações em suas bases, como parte de um processo normal de ajuste de capacidade à demanda”. Disse ainda que “está sempre avaliando as possibilidades e necessidades de mercado e, consequentemente, mudanças fazem parte do planejamento operacional”.
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Fonte: G1 Read More