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O dólar abre a sessão desta terça-feira (12) com queda de 0,04%, cotado a R$ 5,441, no aguardo de dados inflacionários do Brasil e dos Estados Unidos no radar. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, abrirá às 10h.
▶️ O IBGE divulga às 9h o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), termômetro oficial da inflação no Brasil, referente a julho. Especialistas ouvidos pela Reuters preveem uma alta mensal de 0,37%, e de 5,34% nos últimos 12 meses.
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▶️Já às 9h30 (horário de Brasília) é a vez do índice de preços ao consumidor dos EUA (CPI, na sigla em inglês). A expectativa do mercado é de um avanço de 0,2% mensal, e de 2,8% na comparação com julho do ano passado.
Em meio ao impasse do tarifaço imposto pelos EUA ao Brasil, os resultados de inflação de julho dos dois países podem dar as primeiras pistas sobre os impactos econômicos dessa medida.
▶️ Na agenda política, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de audiência pública sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Veja abaixo como esses fatores impactam o mercado.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
💲Dólar
a
Acumulado da semana: +0,14%;
Acumulado do mês: -2,81%;
Acumulado do ano: -11,91%.
📈Ibovespa
Acumulado da semana: -0,21%;
Acumulado do mês: +1,92%;
Acumulado do ano: +12,75%.
Governo prepara plano após ‘tarifaço’
O governo deve concluir a lista de medidas para conter o impacto das tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros em breve.
A equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem discutido adotar um plano de contingência para evitar danos à economia brasileira e às empresas afetadas pelo decreto do presidente americano, Donald Trump, que elevou para 50% a alíquota sobre exportações brasileiras.
As medidas estudadas por ministérios devem ser apresentadas a Lula nesta segunda-feira (11). A expectativa é que o pacote seja anunciado até amanhã, terça (12).
Mesmo com a previsão de novas medidas, no entanto, o mercado ainda precifica impactos do tarifaço na atividade brasileira.
Um relatório da Moody’s Analytics divulgado nesta segunda-feira (11), por exemplo, mostrou a expectativa de que as taxas dos EUA devem reduzir o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 0,2%.
Ainda de acordo com o documento, embora os EUA representem cerca de 12% das exportações brasileiras, o aumento das compras chinesas de produtos agrícolas deve mitigar os efeitos das tarifas ao longo do tempo.
Barreiras comerciais internas, como o “Custo Brasil”, continuam elevando preços e dificultando a competitividade. A Moody’s Analytics aponta que uma liberalização gradual poderia impulsionar a produtividade, aproximando o Brasil de economias exportadoras da Ásia.
Agenda econômica
No calendário econômico brasileiro, os investidores acompanham neste início de semana as novas projeções do Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central (BC). O relatório é feito com base em pesquisa realizada com mais de 100 instituições financeiras na última semana.
Na pesquisa divulgada hoje, economistas reduziram, pela décima primeira semana consecutiva, a estimativa de inflação para este ano. A projeção para 2026 também recuou.
Além disso, a expectativa do mercado para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 recuou de 2,23% para 2,21%. Já a projeção para a Selic em 2025 permanece em 15% ao ano — atual nível da taxa básica de juros.
Nesta semana, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho será divulgado na terça-feira (12) e pode sustentar a postura cautelosa do Banco Central diante da inflação acima da meta. Na quarta e quinta, saem os dados de vendas no varejo e do setor de serviços, respectivamente.
Mercados globais
Nos mercados globais, os olhares se voltam aos Estados Unidos. Nesta manhã, as bolsas em Wall Street abriram com pouca oscilação, em uma semana marcada por indicadores econômicos que podem influenciar a trajetória dos juros nos próximos meses.
O mundo também estará de olho nos dados de inflação da maior economia do mundo com o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês). A inflação e o mercado de trabalho são os principais fatores para as decisões do Federal Reserve (Fed).
A aposta é de que a desaceleração no mercado de trabalho dos EUA leve o Fed a cortar os juros na reunião de setembro. Por outro lado, a inflação ainda está acima da meta de 2%, gerando preocupação de que novos estímulos possam aumentar a pressão inflacionária na economia americana.
Outro destaque é a Nvidia, que teria aceitado repassar 15% da receita com vendas de inteligência artificial na China ao governo dos EUA. Segundo a imprensa, o CEO Jensen Huang se reuniu com Trump na Casa Branca na semana passada para fechar o acordo.
Notas de dólar.
Luisa Gonzalez/ Reuters
*Com informações da agência de notícias Reuters
Fonte: G1 Read More