
‘R$ 30 bilhões o começo’, diz Lula sobre pacote para exportadores afetados por tarifaço de Trump
12/08/2025
A Petrobras e o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) chegaram a um entendimento para a realização da Avaliação Pré-Operacional (APO) na bacia da Foz do Amazonas, no litoral do Amapá. O exercício é considerado o último passo antes da possível autorização para a perfuração do primeiro poço de petróleo em águas profundas na região.
O simulado consiste em testar planos de emergência e de proteção da fauna em caso de vazamento de petróleo. A operação, que deve durar de três a quatro dias, envolve embarcações, equipamentos de resposta a incidentes e equipes especializadas. Por se tratar de uma área de difícil acesso e com condições ambientais diferentes das bacias de Campos e Santos, o planejamento exige deslocamento de pessoal e logística complexa.
O Ibama propôs que a APO ocorra no dia 24 de agosto ou na mesma semana, mas a confirmação oficial ainda depende de ajustes técnicos. Mesmo assim, lideranças políticas do Amapá já tratam a data como certa. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), comemorou o avanço e afirmou que o teste “provavelmente” será nesse dia. O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), disse que o procedimento será “o último passo antes do início da pesquisa petrolífera na costa do Amapá”.
A diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia Anjos, confirmou que houve acordo sobre a realização do simulado, mas evitou anunciar a data, deixando a divulgação a cargo do Ibama. A estatal afirma que utilizará “a maior estrutura de resposta a emergências para perfuração exploratória já utilizada pela companhia”, com tecnologias voltadas à precisão, segurança e produtividade.
O processo de licenciamento ambiental na Foz do Amazonas é alvo de resistência de organizações ambientalistas, que alertam para riscos à biodiversidade e questionam a abertura de uma nova fronteira petrolífera em meio a compromissos de redução de emissões. Em fevereiro, parecer técnico do Ibama recomendou o arquivamento do pedido da Petrobras, alegando falhas nos planos de resgate de fauna, incluindo espécies ameaçadas de extinção.
O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, porém, autorizou em maio a realização da APO, utilizando um parecer alternativo. Desde então, técnicos vistoriaram embarcações de resposta a vazamentos, instalações no Oiapoque e a base de apoio construída pela Petrobras. O governo federal vê a Margem Equatorial como estratégica e estima que a região possa abrigar até 30 bilhões de barris de petróleo, com potencial de gerar R$ 1 trilhão em arrecadação.
Publicado por Felipe Dantas
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Fonte: Jovem Pan Read More