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15/08/2025
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15/08/2025
Trump e Putin se encontram nesta sexta (15).
O dólar abriu em queda nesta sexta-feira (15), recuando 0,18%, aos R$ 5,407. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, abre às 10h.
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▶️ Os investidores continuam atentos aos impactos da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Ontem, Trump criticou o Brasil, classificando o país como um “péssimo parceiro comercial”.
Além disso, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, reforçou as críticas e afirmou esperar novas tarifas e possíveis sanções a autoridades brasileiras.
▶️ E o líder norte-americano segue no radar mundial, diante do tão aguardado encontro com o presidente russo, Vladimir Putin, no Alasca. Ainda é incerto um acordo de cessar-fogo na Ucrânia, mas a Casa Branca não descarta uma segunda cúpula, envolvendo o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy.
▶️ Ainda com os EUA em destaque, hoje serão divulgados dados sobre: vendas no varejo, preços de importações, produção industrial, estoques empresariais e índice de confiança do consumidor.
O mercado aguarda esses indicadores na expectativa de que possam sinalizar a possibilidade de início do corte da taxa de juros no país já em setembro.
▶️ No Brasil, a bolsa de valores deve reagir ao balanço do 2º trimestre do Banco do Brasil. O principal destaque foi o lucro líquido de R$ 3,8 bilhões, uma queda de 60% em relação ao mesmo período do ano anterior e abaixo das expectativas do mercado.
▶️ Aqui, o IBGE divulga às 9h a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) trimestral. O levantamento mostrará o desempenho do mercado de trabalho e poderá influenciar os rumos da taxa básica de juros (Selic).
🔎 A PNAD Contínua é uma pesquisa domiciliar que monitora a evolução da força de trabalho e outras informações socioeconômicas, trazendo dados trimestrais sobre a população ocupada e desocupada, além de indicadores anuais sobre temas como educação, trabalho infantil e outros aspectos relevantes.
Veja abaixo como esses fatores impactam o mercado.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
💲Dólar
a
Acumulado da semana: -0,33%;
Acumulado do mês: -3,27%;
Acumulado do ano: -12,33%.
📈Ibovespa
Acumulado da semana: +0,33%;
Acumulado do mês: +2,47%;
Acumulado do ano: +13,36%.
Plano de socorro do governo
Ontem, o governo assinou a medida provisória do programa “Brasil Soberano”, que institui o programa “Brasil Soberano”, primeira etapa do pacote de apoio às empresas brasileiras impactadas pelo tarifaço aplicado pelos EUA.
Especialistas ouvidos pelo g1 afirmam que a medida frear a atividade econômica e reduzir a inflação deste ano — mesmo que de forma moderada. Ainda assim, o pacote de ajuda pode pressionar câmbio e Selic.
▶️ Confira os detalhes do pacote da MP “Brasil Soberano”
Prisma fiscal
O relatório Prisma Fiscal de agosto indica que os agentes consultados pelo Ministério da Fazenda revisaram para cima as previsões para o resultado primário do governo em 2025 e 2026.
Os economistas agora esperam que:
Em 2025, o resultado primário registre déficit de R$ 70,877 bilhões, ante a estimativa anterior de R$ 72,107 bilhões. Para 2026, a previsão passou para um déficit de R$ 81,064 bilhões, contra R$ 89,374 bilhões no levantamento anterior;
A dívida bruta do governo geral fique em 79,80% do Produto Interno Bruto (PIB) no fim de 2025, abaixo dos 80,00% projetados em julho. Para 2026, a estimativa é de 83,87% do PIB, frente à projeção anterior de 84,10%.
A arrecadação alcance R$ 2,323 trilhões em 2025, ante R$ 2,318 trilhões previstos no mês passado. Em 2026, a receita esperada é de R$ 2,491 trilhões, contra R$ 2,482 trilhões estimados anteriormente;
As despesas do governo central subam para R$ 2,395 trilhões neste ano, frente à previsão de R$ 2,394 trilhões feita anteriormente, e atinjam R$ 2,577 trilhões em 2026, ante R$ 2,574 trilhões projetados no mês passado.
As projeções foram feitas antes do anúncio do plano de auxílio do governo às empresas afetadas pelo tarifaço, medida que gerou alerta entre economistas quanto ao aumento das despesas públicas e ao risco para o equilíbrio fiscal.
Pesquisa Mensal de Serviços no Brasil
O setor de serviços no Brasil cresceu 0,3% em junho em relação a maio e avançou 2,8% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado ficou próximo das expectativas do mercado. Para a comparação mensal, previa-se um crescimento ligeiramente maior, de 0,4%. Na comparação anual, a mediana das estimativas apontava alta um pouco menor, de 2,2%.
O destaque do mês foi o setor de transportes, que cresceu 1,5% e foi o único a registrar resultado positivo, impulsionado pelo avanço mais expressivo no transporte de cargas e no transporte aéreo de passageiros.
Queda do minério de ferro
Os contratos futuros do minério de ferro recuaram nesta quinta, após o governo chinês determinar a suspensão das atividades de construção antes de um desfile militar em Pequim.
O contrato de janeiro, o mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE), caiu 2,94%, para 775 iuanes (US$ 108,06) por tonelada.
Com isso, as ações de mineradoras recuaram e pressionaram o Ibovespa para o campo negativo.
Vale (VALE3): -1,09%
CSN Mineração (CMIN3): -0,82%
CSN (CSNA3): -6,06%
Gerdau (GGBR4): -1,15%
Usiminas (USIM5): -7,42%
Bancos sobem na bolsa
No setor bancário, as ações oscilaram ao longo do pregão desta quinta-feira. O Banco do Brasil, que divulga o balanço do 2º trimestre após o fechamento do mercado, registrou alta ao longo do dia.
Já os demais bancos alternaram altas e baixas, sem direção definida.
Banco do Brasil (BBAS3): +2,90%
Bradesco (BBDC4): -1,12%
Itaú (ITUB4): -0,05%
Santander (SANB11): -0,11%
Dados econômicos dos EUA
Nos EUA o Departamento do Trabalho informou que o núcleo do índice de preços ao produtor (PPI) — que exclui itens mais voláteis — subiu 0,9% em julho ante o mês anterior e avançou 3,7% na comparação anual.
O resultado superou as estimativas dos analistas, que projetavam alta de 0,2% no mês e de 2,9% no ano.
🔎 O mercado aguardava dados mais fracos, que poderiam sinalizar desaceleração da economia americana e abrir espaço para o Federal Reserve (Fed) iniciar cortes de juros já em setembro.
Outro dado divulgado foi o número semanal de pedidos de auxílio-desemprego, que recuou em 3 mil na semana encerrada em 9 de agosto, totalizando 224 mil solicitações. O resultado veio abaixo da previsão de 230 mil pedidos feita por analistas.
O total da semana anterior foi revisado de 226 mil para 227 mil. Já os pedidos contínuos recuaram 15 mil na semana encerrada em 2 de agosto, somando 1,953 milhão.
Mercados globais
Em Wall Street, os dados econômicos frustraram as expectativas dos investidores. Com o PPI acima do previsto, aumentou a percepção de que o Fed pode adiar o início dos cortes de juros para depois da reunião de setembro.
De acordo com dados preliminares, o S&P 500 registrou variação positiva de 0,03%, para 6.468,27 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq registrou variação negativa de 0,01%, para 21.711,34 pontos. O Dow Jones registrou variação negativa de 0,04%, para 44.902,57 pontos.
Já os mercados europeus fecharam em alta. Apesar da menor perspectiva de cessar-fogo na Ucrânia, investidores reagiram a dados regionais e aos balanços corporativos das empresas europeias.
O índice Stoxx 600 avançou 0,49%, a 553,55 pontos. A bolsa de Frankfurt (DAX) subiu 0,79%, a 24.377,50 pontos, e a de Paris (CAC 40) ganhou 0,84%, a 7.870,34 pontos.
Na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente em queda. As maiores baixas foram no Japão (Nikkei), com recuo de 1,45%, e na China (Shanghai SE), com queda de 0,46%.
Dólar vive disparada nos últimos dias
Cris Faga/Dragonfly/Estadão Conteúdo
*Com informações da agência de notícias Reuters
Fonte: G1 Read More