
EUA querem impor ao Brasil solução constitucionalmente impossível, diz Haddad sobre tarifaço
18/08/2025
Novo T-Cross Extreme está ainda mais T-Cross
18/08/2025Os economistas consultados pelo Banco Central reduziram, pela 12ª semana consecutiva, a previsão de inflação para 2025. Segundo o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (18), a estimativa para o IPCA caiu de 5,05% para 4,95% ao ano, ficando abaixo de 5% pela primeira vez desde janeiro. Apesar da queda, o índice segue acima do limite da meta de inflação estabelecida pelo BC, de 3% ao ano, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos — ou seja, o teto é de 4,5%.
A revisão ocorre após a divulgação de dados do IBGE, que mostraram que a inflação de julho subiu 0,26%, abaixo da expectativa do mercado, que projetava 0,36%. Foi a menor alta para o mês desde 2023. Analistas destacam que preços de alimentos e bens industriais ficaram abaixo do previsto.
Outro fator apontado por economistas é o impacto do tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, que tende a reduzir a atividade econômica e, consequentemente, pressionar para baixo os preços internos.
Outras projeções do boletim Focus
- 2026: inflação prevista caiu de 4,41% para 4,40%;
- 2027: expectativa mantida em 4%;
- 2028: projeção estável em 3,8%.
No cenário de crescimento econômico, o mercado manteve a previsão para o PIB de 2025 em 2,21% e de 2026 em 1,87%. Já para 2027, houve leve recuo, de 1,93% para 1,87%. A taxa básica de juros (Selic) deve terminar 2025 em 15% ao ano, o mesmo patamar atual, e o dólar foi mantido em R$ 5,60 no fim do próximo ano.
O que está em jogo
Desde janeiro, o Brasil adota o regime de meta contínua de inflação, que exige que o índice acumulado em 12 meses fique dentro da faixa de 1,5% a 4,5%. Caso a meta seja descumprida por seis meses seguidos, o presidente do BC precisa enviar uma carta ao ministro da Fazenda explicando as razões. Em junho, pela segunda vez no ano, Gabriel Galípolo já teve de justificar o descumprimento da meta, apontando como causas o câmbio, a energia elétrica, a atividade econômica aquecida e eventos climáticos.
Publicado por Felipe Dantas
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Fonte: Jovem Pan Read More