
‘Prévia’ do PIB do Banco Central indica expansão de 0,3% no 2º trimestre, com forte desaceleração
18/08/2025
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Trump recebe Zelensky para discutir guerra na Ucrânia
O dólar abriu em alta nesta segunda-feira (18), subindo 0,28%, cotado a R$ 5,413, por volta das 9h05. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, abre às 10h.
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▶️ No noticiário interno, os investidores aguardam pelo envio do documento do governo brasileiro em resposta aos Estados Unidos referente à investigação comercial aberta pelo governo Donald Trump contra o Brasil.
Em julho, o representante de Comércio dos EUA anunciou que abriu uma investigação a pedido de Trump. Ela misturou declarações comerciais e políticas para justificar a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, envolvendo desmatamento e até a ferramenta PIX, do Banco Central, e o comércio da 25 de março.
▶️ Falando em Trump, após se reunir com o presidente russo, Vladimir Putin, na sexta-feira, hoje o líder republicano tem encontro marcado em Washington com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e aliados europeus.
Trump colocará à mesa a proposta discutida com Putin no Alasca. Segundo fontes ouvidas pela imprensa americana e europeia, a ideia russa envolve congelar as linhas de frente atuais em troca de reconhecimento internacional da anexação da Crimeia e de áreas ocupadas no Donbas e em Zaporizhzhia.
▶️ Na agenda de indicadores, o Banco Central divulgou na manhã desta segunda-feira o Boletim Focus, com as previsões de economistas acerca da inflação, Produto Interno Bruto (PIB), Selic e câmbio.
▶️ Ainda no período da manhã, o IBC-Br, considerada a prévia do PIB, também será publicada pelo BC.
Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
💲Dólar
a
Acumulado da semana: -0,69%;
Acumulado do mês: -3,62%;
Acumulado do ano: -12,64%.
📈Ibovespa
Acumulado da semana: +0,31%;
Acumulado do mês: +2,46%;
Acumulado do ano: +13,35%.
Trump critica o Brasil
Na quinta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que o Brasil é um “péssimo parceiro comercial”. Ao ser questionado sobre as tarifas aplicadas a países da América Latina e à aproximação deles com a China, principalmente após a medida, Trump afirmou que não está preocupado.
No entanto, ele não poupou críticas ao Brasil:
“O Brasil tem sido um péssimo parceiro comercial em termos de tarifas — como você sabe, eles nos cobram tarifas enormes, muito, muito maiores do que as que nós cobramos, e, basicamente, nós nem estávamos cobrando nada”, disse Trump.
Apesar disso, dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) mostram que o país tem déficit na relação comercial com os Estados Unidos desde 2009. Em 2024, considerando produtos e serviços, o déficit foi superior a US$ 28 bilhões.
O presidente americano também voltou a defender Bolsonaro, afirmando que “o Brasil tem algumas leis muito ruins acontecendo”.
Falando no ex-presidente brasileiro, o seu filho Eduardo Bolsonaro, deputado federal licenciado, disse ontem à Reuters que, após reuniões com autoridades norte-americanas, não vê como o Brasil negociar a redução da tarifa de 50% imposta pelo governo Trump sem que haja “concessões” do Supremo.
Encontro com Putin
Donald Trump e Vladimir Putin, presidente da Rússia, voltarão a ficar cara a cara nesta sexta-feira (15) — em um encontro com potencial de “selar a paz mundial”, como disse esperar Putin.
A reunião, que ocorrerá a partir das 16h pelo horário de Brasília em uma base militar do Alasca que já foi usada para espionagem à ex-União Soviética — em território norte-americano, portanto — não terá a presença do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
Segundo a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, a exclusão de Zelensky ocorreu porque partiu de Putin a ideia do encontro com Trump.
Embora tenham trocado críticas e ameaças nos últimos meses, tanto Trump como Putin sinalizaram, na véspera da reunião, estar esperançosos que será um bom encontro.
Indicadores econômicos dos EUA no radar
Esta sexta-feira é marcada pela divulgação de indicadores econômicos nos EUA, que devem orientar as expectativas dos investidores sobre as pressões inflacionárias no país.
O dia começou com a divulgação das vendas no varejo em julho, que cresceram 0,5% no mês passado, após alta revisada para 0,9% em junho. Parte desse aumento pode estar relacionada a elevação de preços impulsionada por tarifas, e não necessariamente ao aumento do volume vendido.
A previsão de economistas ouvidos pela Reuters era de avanço de 0,5%, após um aumento de 0,6%.
Em seguida, o Escritório de Estatísticas do Trabalho do Departamento do Trabalho informou que os preços de importados, excluídas as tarifas, subiram 0,4% no mês passado, após queda revisada para 0,1% em junho.
Economistas previam estabilidade nos preços de importados, após avanço de 0,1%.
Em seguida, a Pesquisa de Consumidores da Universidade de Michigan mostrou que o Índice de Confiança do Consumidor caiu para 58,6 neste mês, ante 61,7 em julho.
Economistas consultados pela Reuters esperavam que o índice subisse levemente para 62.
Balanço do Banco do Brasil decepciona
Ontem, o Banco do Brasil divulgou seus resultados financeiros do 2º trimestre. No período, a estatal registrou lucro líquido ajustado de R$ 3,784 bilhões.
O resultado representa queda de 60% em relação ao mesmo período do ano passado e também ficou abaixo da previsão do mercado, que estimava cerca de R$ 5 bilhões para o trimestre.
Como o balanço foi divulgado após o fechamento da bolsa, os resultados foram avaliados pelos investidores no pregão desta sexta-feira.
Com a queda no lucro, a revisão para baixo do payout (percentual do lucro distribuído aos acionistas como dividendos) e a ausência de anúncio de dividendos, as ações chegaram a cair mais de 2% na abertura do mercado.
Ao fim do dia, subiram 4%, após terem operado em leilão pela manhã (quando uma ação sai do pregão por um curto período, sem deixar de ser negociada).
Desemprego cai no Brasil
A taxa de desemprego caiu em 18 estados brasileiros no segundo trimestre de 2025, segundo a PNAD Contínua Trimestral, divulgada nesta sexta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A média nacional do desemprego foi de 5,8%, queda em relação ao primeiro trimestre, quando a taxa foi de 7%. O resultado é o menor para o período desde que o IBGE iniciou o cálculo do índice, em 2012.
Tiveram queda na taxa de desemprego: Santa Catarina (SC), Goiás (GO), Espírito Santo (ES), Rio Grande do Sul (RS), Mato Grosso do Sul (MS), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Ceará (CE), Maranhão (MA), Alagoas (AL), Amapá (AP), Piauí (PI), Paraíba (PB), Minas Gerais (MG), Pará (PA), Bahia (BA), Amazonas (AM), Rio Grande do Norte (RN);
Tiveram estabilidade: Pernambuco (PE), Distrito Federal (DF), Sergipe (SE), Acre (AC), Roraima (RR), Tocantins (TO), Paraná (PR), Mato Grosso (MT), Rondônia (RO).
Bolsas globais
Em Nova York, o índice Dow Jones fechou em alta após atingir um recorde nesta sexta-feira, com um salto das ações da UnitedHealth depois que a Berkshire Hathaway aumentou sua participação na seguradora de saúde. Os outros índices de Wall Street caíram, com os dados mistos da economia.
De acordo com dados preliminares, o S&P 500 perdeu 0,29%, para 6.449,68 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq caiu 0,40%, para 21.626,68 pontos. O Dow Jones subiu 0,10%, para 44.955,09 pontos.
Na Europa, investidores reagem aos balanços trimestrais das empresas e mantêm a expectativa em relação ao encontro entre Trump e Putin, que pode avançar em um acordo de paz para a Ucrânia.
O índice pan-europeu STOXX 600 teve leve queda de 0,06%, a 553,56 pontos, depois de atingir o maior nível em quase cinco meses mais cedo.
Na Ásia, as ações da China subiram e registraram o maior ganho semanal em nove meses. No fechamento, o índice de Xangai avançou 0,83%, enquanto o CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, subiu 0,7%.
Por outro lado, o índice Hang Seng, de Hong Kong, caiu 0,98%. Já o Nikkei, da bolsa do Japão, avançou 1,71%, para 43.378 pontos.
Dólar
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*Com informações da agência de notícias Reuters
Fonte: G1 Read More