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O dólar iniciou a sessão desta segunda-feira (1) em alta. Por volta das 09h05, a moeda americana subia 0,11%, cotada a R$ 5,427. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, abre às 10h.
Com o feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos, a atenção dos investidores fica concentrada no cenário interno. O grande destaque fica com o boletim Focus, que reduziu a estimativa de inflação de 2025 pela décima quarta semana seguida.
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🔎 Quando é feriado nos EUA, as bolsas de lá não funcionam — o que reduz o número de investidores ativos no mercado. Isso acaba diminuindo o volume de negociações no Brasil também, já que os mercados são conectados, e pode deixar o dia mais parado, com menos movimentações na Bolsa.
▶️ No boletim Focus desta semana, os analistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de inflação para 2025, 2026 e 2027. Por outro lado, as projeções do Produto Interno Bruto (PIB) foram revisadas para cima.
Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
💲Dólar
a
Acumulado da semana: -0,07%;
Acumulado do mês: -3,19%;
Acumulado do ano: -12,26%.
📈Ibovespa
Acumulado da semana: +2,50%;
Acumulado do mês: +6,28%;
Acumulado do ano: +17,57%.
Inflação dos EUA
Os gastos dos consumidores norte-americanos aumentaram em julho, enquanto a inflação subjacente acelerou visto que as tarifas sobre as importações aumentaram os preços de alguns produtos.
Segundo o Departamento de Comércio, os gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, aumentaram 0,5% no mês passado — após um ganho revisado para cima de 0,4% em junho.
Veja os dados de julho do PCE:
O Índice de preços PCE subiu 0,2% no mês passado, após um aumento não revisado de 0,3% em junho.
Nos 12 meses até julho, o índice PCE avançou 2,6%, igualando o resultado de junho.
Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o índice teve alta de 0,3% no mês passado, mesma taxa de junho.
Nos 12 meses até julho, o chamado núcleo da inflação avançou 2,9%, de 2,8% em junho.
Leonel Mattos, analista de inteligência de mercado da StoneX, ressalta que a economia americana tem desafiado as projeções de economistas, se mostrando resiliente mesmo com o aperto monetário, pressionando a inflação.
Ele avalia que o Fed pode dar início à redução dos juros em setembro, conforme já foi sinalizado pelo dirigente, Jerome Powell, mas não da forma como os investidores esperam — o que está mantendo-os cautelosos.
“Uma economia americana ‘mais avançada’, no mínimo, sugere um ritmo mais lento para os cortes. Com juros elevados por mais tempo nos EUA, a taxa de câmbio no Brasil sofre pressões para cima, pois o valor global do dólar é favorecido”, acrescenta.
De acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group, as apostas dos investidores sobre um possível corte de juros nos EUA em setembro subiu com os dados do PCE. De ontem para hoje, as projeções subiram de 85,2% para 87,2%.
Vale lembrar que a perspectiva de corte de juros nos EUA também influenciam a economia e o mercado brasileiro. Isso porque uma menor taxa reflete na rentabilidade dos títulos americano (Treasuries) — considerados de baixo risco.
🔎 Quando os rendimentos dos títulos caem, investidores costumam migrar para mercados com maior potencial de retorno — como moedas de países emergentes (incluindo o real), commodities e ações negociadas em bolsas como o Ibovespa
Brasil inicia processo de Lei da Reciprocidade
O governo federal iniciou na noite de ontem (28) o processo que pode levar à aplicação da Lei de Reciprocidade Econômica contra os EUA pela aplicação de um tarifaço contra produtos brasileiros exportados para os americanos.
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) enviou à Câmara de Comércio Exterior (Camex) um comunicado informando que o Brasil iniciou as consultas e medidas para aplicar a legislação contra os EUA. A Camex tem 30 dias para avaliar se é possível a aplicação da lei.
O Brasil vai notificar oficialmente o governo americano sobre o início do processo nesta sexta-feira (29).
A TV Globo apurou que os diplomatas acreditam na medida como uma forma de abrir um caminho de diálogo com os americanos, que têm evitado negociações sobre o tema.
Bolsas globais
Os principais índices acionários de Wall Street recuaram nesta sexta-feira, diante dos receios de que as tarifas possam elevar os preços dos produtos nos EUA.
O Dow Jones caiu 0,20%, aos 45.544,88 pontos. O S&P 500 fechou em queda de 0,64%, aos 6.460,27 pontos, enquanto o Nasdaq Composite recuou 1,15%, aos 21.455,55 pontos
As bolsas europeias também fecharam em baixa, com o mercado repercutindo preocupações de bancos britânicos sobre possíveis medidas mais rígidas da ministra das Finanças, Rachel Reeves, para fortalecer as contas públicas.
O índice pan-europeu STOXX 600 recuou 0,55%, enquanto o DAX, da Alemanha, cedeu 0,57%. No Reino Unido, o FTSE 100 teve baixa de 0,32%, e o CAC 40, da França, caiu 0,76%.
Na Ásia, as bolsas fecharam mistas. Na China, os índices avançaram, impulsionados pela liquidez abundante, apesar dos alertas de empresas de tecnologia após reajustes de preços. O CSI300 teve o maior ganho mensal desde setembro de 2024.
Em Xangai, o SSEC subiu 0,37% e o CSI300 avançou 0,74%. O Hang Seng, de Hong Kong, teve alta de 0,32%, enquanto o Nikkei, em Tóquio, caiu 0,26%. Em Seul, o Kospi recuou 0,32%, o Taiex, em Taiwan, teve leve baixa de 0,01%, e o S&P/ASX 200, em Sydney, caiu 0,08%. Já o Straits Times, em Cingapura, avançou 0,37%
Cédulas de dólar
bearfotos/Freepik
*Com informações da agência de notícias Reuters
Fonte: G1 Read More