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30/11/2024 Avaliações utilizam carros reais, que se chocam contra barreiras dos mais diversos tipos para avaliar a resistência e eficiência dos materiais utilizados pelas montadoras em seus projetos. Nota máxima é de cinco estrelas. Teste de impacto com um Citroën C3
divulgação/Latin NCAP
A Mitsubishi L200 Triton foi a primeira picape a conseguir cinco estrelas conforme os últimos protocolos de avaliação do Latin NCAP, em vigor desde 2020. O resultado desta semana acontece depois da versão de 2019 do veículo ter recebido nota zero.
Os testes realizados pelo Latin NCAP utilizam carros reais, que os chocam contra barreiras dos mais diversos tipos para avaliar a resistência e eficiência dos materiais utilizados pelas montadoras em seus projetos. São os chamados “crash-tests”.
Desses testes é que são extraídas as notas dos carros, que podem ser de zero a cinco estrelas. Quanto mais estrelas, melhor é o resultado daquele automóvel no teste de colisão e maior será a proteção para quem estiver dentro dele — motorista e passageiros.
O caso da L200 contrasta com resultados preocupantes, também recentes. A Citroën recebeu a segunda nota zero no mesmo teste em 16 meses. Recentemente, quem zerou o teste foi o SUV do compacto da marca, o Aircross. Antes, o hatch C3 também entrou para o time de zero estrelas. (veja ambos abaixo)
Nesta reportagem, o g1 lista quais foram os outros veículos vendidos no território nacional e que também decepcionaram na hora de garantir a segurança do motorista e passageiros.
A lista conta não somente com os modelos zero km vendidos em 2024, mas um apanhado desde a última mudança na forma como os testes são realizados. Essa alteração inclui a unificação das estrelas em um único conjunto, que contém a proteção de ocupantes adultos e a proteção das crianças.
Outro ponto importante está na quantidade de airbags. Todos os modelos testados contam apenas com dois, sendo um para o motorista e outro para o passageiro logo ao lado.
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Citroën C3 Aircross, teste em 2024
Proteção para adultos: 33%;
Proteção para crianças: 11%;
Proteção para impacto com pedestres: 50%;
Sistemas de auxílio à segurança reduziram: 35% dos impactos.
Em teste de impacto frontal, a cabeça e pescoço do motorista foram devidamente protegidos, o que não aconteceu para o peito. O joelho de quem dirige e do passageiro da frente podem sofrer danos a partir de estruturas perigosas atrás do painel.
Para o C3 Aircross, a proteção para as crianças recebeu nota baixa por conta da impossibilidade de desligar o airbag do passageiro. Assim, a cadeirinha não consegue oferecer a segurança adequada.
Citroën C3, teste em 2023
Proteção para adultos: 31%;
Proteção para crianças: 12%;
Proteção para impacto com pedestres: 50%;
Sistemas de auxílio à segurança reduziram: 35% dos impactos.
A avaliação da proteção oferecida pelo C3 é a mesma dos itens analisados para o Aircross. Os maiores riscos estão no tórax e joelhos do motorista, além do pescoço no rebote.
Para as crianças, o risco é o mesmo ao ser impossível desacoplar o airbag do passageiro.
Jac E-JS1, teste em 2022
Proteção para adultos: 0%;
Proteção para crianças: 6%;
Proteção para impacto com pedestres: 20%;
Sistemas de auxílio à segurança reduziram: 7% dos impactos.
O teste no único carro elétrico desta lista apontou falhas graves na proteção do tórax do motorista e do passageiro, tanto em impactos frontais como em laterais, além de problemas para garantir a estrutura do habitáculo.
Para crianças, o único ponto crítico apareceu para o boneco que representa um bebê de um ano e meio, também focando a falha de segurança no peito. O teste ainda apontou problemas no manual do carro, que não explica como cada tamanho de cadeirinha precisa ser fixada nos pontos de ancoragem.
Renault Duster, teste em 2021
Proteção para adultos: 29%;
Proteção para crianças: 23%;
Proteção para impacto com pedestres: 51%;
Sistemas de auxílio à segurança reduziram: 35% dos impactos.
Segundo os comentários do teste, a Duster foi eficiente em proteger parcialmente os ocupantes do carro, mas o habitáculo não conseguiu suportar impactos mais fortes e veículo apresentou vazamento de combustível após o teste de impacto frontal.
Para os pequenos, o teste utilizou um boneco com o tamanho e peso esperados para três anos. As ancoragens do veículo protegeram a criança em uma cadeirinha, mas não conseguiu impedir o rebote da cabeça, gerando impacto com outras áreas do carro.
O mesmo problema foi listado em um boneco que representa uma criança de um ano e meio.
Fiat Argo e Cronos, teste em 2021
Proteção para adultos: 24%;
Proteção para crianças: 10%;
Proteção para impacto com pedestres: 37%;
Sistemas de auxílio à segurança reduziram: 7% dos impactos.
Para estes dois carros da Fiat, o resultado foi o mesmo. Os pontos críticos estão no peito do motorista, além de pernas dele e do passageiro ao lado. O pescoço não recebeu proteção contra movimento de rebote e a cabeça de quem dirige foi seriamente danificada em impactos laterais.
Para crianças, o ponto mais negativo para a proteção nos dois modelos da Fiat está nas instruções no conteúdo do manual para a ancoragem das cadeirinhas de diversos tamanhos.
Kia Sportage, teste em 2021
Proteção para adultos: 48%;
Proteção para crianças: 15%;
Proteção para impacto com pedestres: 58%;
Sistemas de auxílio à segurança reduziram: 7% dos impactos.
Para ocupantes da frente, o passageiro só sofreu danos na perna direita. Já o motorista sofreu com as coxas. Nas crianças, a falha foi notada apenas na impossibilidade de desconectar o airbag frontal para cadeirinhas instaladas voltadas para trás.
Também foi notado que a Kia não ofereceu informações sobre os tamanhos de cadeirinhas que deveriam ser utilizados no teste. Com isso, a nota foi zero.
Hyundai HB20, teste em 2020
Proteção para adultos: 19%;
Proteção para crianças: 10%;
Proteção para impacto com pedestres: 43%;
Sistemas de auxílio à segurança reduziram: 14% dos impactos.
Para passageiro e motorista, os pontos mais negativos do teste estão no tórax, coxas e pescoço, este último no rebote. As falhas apareceram tanto em impactos frontais, como nos laterais — no caso do rebote, o acidente simulado é de batida traseira.
Para crianças, a ancoragem em bonecos simulando o tamanho e peso de três anos não impediu movimento excessivo da cabeça. Também foram críticos os danos no tórax e pescoço em impactos laterais.
Outro ponto negativo importante esteve na impossibilidade de desacoplar o airbag do passageiro, em caso de instalação da cadeirinha.
Ford Ka Hatchback e Sedan, teste em 2020
Proteção para adultos: 34%;
Proteção para crianças: 9%;
Proteção para impacto com pedestres: 50%;
Sistemas de auxílio à segurança reduziram: 7% dos impactos.
Os ocupantes da frente foram protegidos no pescoço e tórax em impactos frontais, mas as pernas receberam danos mais sérios. No rebote, o pescoço exibiu problemas durante os testes e em batidas laterais o peito do motorista foi seriamente danificado.
Para os pequenos, a proteção foi satisfatória, mas não foi possível desacoplar o airbag do passageiro para a instalação da cadeirinha com a criança olhando para trás.
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Fonte: G1 Read More