AGU pede informações ao Banco Central para basear apuração sobre cotação errada do dólar no Google
25/12/2024Dólar apresenta leve queda após leilão de US$ 3 bilhões
26/12/2024 Na segunda-feira, a moeda norte-americana teve alta de 1,87% e fechou aos R$ 6,1855. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou em queda de 1,09%, aos 120.767 pontos. Dólar
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O dólar abriu a sessão desta quinta-feira (26), conforme investidores aguardavam o resultado do novo leilão anunciado pelo Banco Central do Brasil (BC) para tentar conter a subida da moeda norte-americana. A instituição anunciou que fará um leilão à vista de até US$ 3 bilhões.
Os leilões de dólar do Banco Central são uma ferramenta de regulação do mercado de câmbio e servem para aumentar a oferta de dólares disponíveis — o que, em tese, faz a cotação cair.
Com o noticiário econômico esvaziado e em uma semana mais curta por conta do Natal, momento em que os mercados ficam fechados no Brasil, investidores voltam as atenções para o mercado internacional.
Na Ásia, as autoridades chinesas anunciaram que vão aumentar o estímulo fiscal ao país no próximo ano, tendo concordado em emitir 3 trilhões de iuanes (US$ 411 bilhões ou R$ 2,5 trilhões) em títulos púbicos especiais. Se confirmado, esse será o maior valor já registrado.
Já o governo do Japão afirmou nesta quinta-feira (26) que prevê que a produção econômica atingirá capacidade total no próximo ano fiscal, pela primeira vez em sete anos, devido a um mercado de trabalho aquecido.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
Às 09h01, o dólar operava em alta de 0,20%, cotado em R$ 6,1666. Veja mais cotações.
Na segunda-feira, a moeda norte-americana fechou em alta de 1,87%, cotado a R$ 6,1855.
Com o resultado, acumulou:
ganhos de 1,87% na semana;
alta de 3,08% no mês;
avanço de 27,47% no ano.
Ibovespa
As negociações no Ibovespa, por sua vez, iniciam às 10h.
Na segunda-feira, o índice encerrou em queda de 1,09%, aos 120.767 pontos.
Com o resultado, acumulou:
queda de 1,09% na semana;
perda de 3,90% no mês;
recuo de 10% no ano.
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O que está mexendo com os mercados?
Com o noticiário econômico esvaziado por conta do feriado de Natal, momento em que os mercados também ficam fechados no Brasil, investidores voltam as atenções para o mercado internacional.
Lá fora, o principal destaque fica com a China, após a notícia de que as autoridades concordaram em aumentar o estímulo fiscal para o próximo ano por meio da emissão de 3 trilhões de iuanes (US$ 411 bilhões ou R$ 2,5 trilhões) em títulos púbicos especiais. Se confirmado, esse será o maior valor já registrado.
As autoridades chinesas ainda informaram que aumentarão a pensão básica para aposentados e para residentes urbanos e rurais e que elevarão os padrões de subsídio financeiro para o seguro médio de residentes. As medidas vêm para tentar impulsionar o consumo do gigante asiático.
O país também intensificará o apoio ao comércio de bens de consumo, expandirá o investimento efetivo e impulsionará mais investimentos sociais por meio de investimentos governamentais, segundo o ministério chinês.
Já nesta quinta-feira, o Escritório Nacional de Estatísticas da China informou que revisou para cima o tamanho que sua economia atingiu em 2023, mas indicou que essa mudança deve ter pouco impacto sobre o crescimento deste ano.
Ainda na Ásia, o governo do Japão afirmou nesta quinta-feira que prevê que a produção econômica do país atingirá capacidade total no próximo ano fiscal, pela primeira vez em sete anos. O movimento vem em meio a um mercado de trabalho ainda aquecido.
Na agenda de indicadores, os investidores aguardam novos dados de pedidos semanais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos e a divulgação da arrecadação de impostos federais de novembro no Brasil.
Nos últimos dias, as preocupações com o quadro fiscal brasileiro ficaram na mira dos mercados, após o Congresso ter concluído, na semana passada, a tramitação do pacote de cortes de gastos proposto pelo governo federal.
A ideia inicial era economizar R$ 71,9 bilhões nos próximos dois anos, e um total de R$ 375 bilhões até 2030. Segundo cálculos do Ministério da Fazenda, no entanto, as mudanças feitas pelo Congresso devem ter um impacto de R$ 2,1 bilhões, reduzindo a economia para R$ 69,8 bilhões.
No café da manhã com jornalistas, na sexta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que as mudanças feitas pelos parlamentares não comprometem a conta final feita pelo governo.
“Fala-se em ‘desidratação’, mas havia expectativa de parte dos analistas que poderia haver ‘hidratação’ [aumento da potência dos cortes de gastos]. Os ajustes feitos na redação não afetam o resultado final. Mantém na mesma ordem de grandeza os valores encaminhados pelo Executivo”, afirmou Haddad.
O mercado, mais uma vez, contesta os números. Para a XP Investimentos, o potencial de economia fiscal recuou de R$ 52 bilhões para R$ 44 bilhões.
“Apesar da direção correta, vemos o pacote como insuficiente para garantir o atingimento das metas de resultado primário e, principalmente, a manutenção do limite de despesas do arcabouço fiscal nos próximos anos”, diz um relatório da empresa.
O governo precisa reduzir os gastos porque tem uma meta de zerar o déficit público pelos próximos dois anos — ou seja, gastar o mesmo tanto que arrecada em 2024 e 2025. O arcabouço também estipula que o governo deve começar a arrecadar mais do que gasta a partir de 2026, para controlar o endividamento público.
Mas os agentes financeiros já não esperam grande eficácia das medidas para controlar o endividamento público, e declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Fantástico consolidaram a percepção de que o governo não pretende avançar muito na contenção de despesas.
O mercado tinha a expectativa de que o governo mexesse em gastos estruturais nesse pacote de corte de gastos — como a Previdência, benefícios reajustados pelo salário mínimo e os pisos de investimento em saúde e educação. Mas isso não aconteceu.
Segundo os analistas, essas despesas tendem a subir em velocidade acelerada e têm potencial de anular esse esforço do pacote em pouco tempo. O governo, contudo, é avesso às medidas, que mexeriam com políticas públicas e com promessas de campanha do presidente Lula.
Segundo o blog do Valdo Cruz, interlocutores do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliam que o governo precisa dar uma sinalização mais forte na área fiscal, incluindo o anúncio de medidas adicionais às já anunciadas, para reverter de vez o cenário negativo que reina no mercado neste fim de ano.
*Com informações da agência de notícias Reuters
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Fonte: G1 Read More