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04/02/2025
No dia anterior, a moeda norte-americana teve queda de 0,38%, cotada a R$ 5,8153. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou com um recuo de 0,13%, aos 125.971 pontos. Notas de dólar.
Murad Sezer/ Reuters
O dólar abriu em baixa nesta terça-feira (4), com os mercados globais vivendo um dia de recuperação, depois de um pregão marcado por maior aversão aos riscos por conta do anúncio de imposição de novas tarifas de importação nos Estados Unidos.
A maior calma neste pregão é consequência do recuo do presidente americano, Donald Trump, em relação a dois de seus maiores parceiros comerciais. Na última sexta-feira, ele determinou a tarifação de 10% sobre produtos chineses que cheguem aos EUA e de 25% para os itens vindos do Canadá e do México.
No entanto, nesta segunda-feira (3), Trump chegou a acordos com o México e com o Canadá e suspendeu as novas tarifas por um mês. Em troca, os dois países se comprometeram a reforçar o policiamento nas fronteiras para evitar a entrada de imigrantes ilegais e fentanil nos EUA. As tarifas sobre a China, porém, se mantém e começam a valer hoje.
O governo chinês respondeu impondo novos tarifas de 15% para carvão e Gás Natural Liquefeito (GNL) dos EUA e 10% para petróleo bruto, equipamentos agrícolas e alguns automóveis. As taxas passam a valer na próxima segunda-feira (10).
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
Às 09h02, o dólar caía 0,11%, cotado a R$ 5,8088. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda norte-americana fechou em queda de 0,38%, cotada a R$ 5,8153.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,38% na semana e no mês;
recuo de 5,90% no ano.
a
Ibovespa
O Ibovespa começa a operar às 10h.
Na véspera, o índice fechou em queda de 0,13%%, aos 125.971 pontos.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,13% na semana e no mês;
ganho de 4,73% no ano.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
O que está mexendo com os mercados?
O novo acordo entre EUA e México e Canadá seguem repercutindo. O tratado determinou a pausa das tarifas durante um mês, além de medidas de ambos os países para controlar o que passa por suas fronteiras.
Apesar dos acordos, as tarifas para a China continuam — e seguem na mira dos investidores, em meio a temores de que a taxação possa aumentar a inflação no país norte-americano, por conta da alta nos preços de produtos e matérias-primas.
Ao mesmo tempo, o Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano, tenta controlar os preços no país. Se a inflação subir demais, a instituição pode precisar aumentar os juros novamente.
Nesta segunda-feira (3), a presidente do Fed de Boston, Susan Collins, disse que não há urgência para o banco central reduzir os juros neste momento, conforme novas tarifas comerciais anunciadas pelo governo Trump podem elevar as pressões inflacionárias.
“É realmente apropriado que a política monetária seja paciente, cuidadosa, e não há urgência em fazer ajustes adicionais, especialmente devido a toda a incerteza” na economia, disse Collins em uma entrevista à CNBC.
Juros mais altos tornam o crédito mais caro para a população e empresas, reduzindo o consumo e, consequentemente, a pressão inflacionária. Mas também elevam a rentabilidade dos títulos públicos dos EUA, considerados os ativos financeiros mais seguros do mundo.
Nesse caso, há uma maior atração de investidores para os Estados Unidos, o que pode fortalecer o dólar em relação a outras moedas, como o real. Caso isso se concretize, há um impacto global dos preços, já que muitos contratos de importação e exportação são feitos na moeda norte-americana.
Isso pode acelerar a inflação em mais países, especialmente aqueles que têm os EUA como principais parceiros comerciais
Em entrevista à BBC, o analista da Capital Economics, Paul Ashworth, disse que, com as medidas de Trump, a janela para mais cortes nas taxas de juros dos EUA nos próximos 12 a 18 meses “simplesmente se fechou”.
Além das tarifas já aplicadas, Trump afirmou que mira a União Europeia. Em resposta, a Comissão Europeia declarou que “responderá com firmeza se tarifas injustas forem aplicadas”.
Na Ásia, os índices acionários das principais bolsas de valores fecharam assim:
Em Tóquio, o Nikkei, principal índice acionário do país, caiu 2,66%;
O índice KOSPI, da Coreia do Sul, teve desvalorização de 2,52%;
Em Taiwan, o índice TAIEX teve forte baixa de 3,53%;
O índice Hang Seng, em Hong Kong, caiu 0,04%.
Na Europa, os principais índices fecharam em queda.
Na agenda da semana, são aguardados novos dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos.
Já no cenário doméstico, a agenda econômica está mais vazia, com destaque apenas para o boletim Focus, relatório do Banco Central (BC) que reúne as projeções de economistas do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos do país.
Na edição desta semana, houve um leve aumento nas expectativas para inflação, que passaram de 5,50% na última semana para 5,51%. Já para 2026, a expectativa subiu de 4,22% para 4,28%. Foi o sexto aumento consecutivo no indicador.
Fonte: G1 Read More