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12/03/2025
Governo decide não retaliar tarifas impostas por Trump ao setor siderúrgico e discute estratégias de negociação
12/03/2025
EUA passou a cobrar tarifas de 25% sobre importações de aço e alumínio a partir desta quarta. Setor siderúrgico do Brasil pediu ao governo que sobretaxe importações da China. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em imagem de fevereiro de 2025
TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (12) que a equipe econômica do governo está estudando medidas para proteger o setor siderúrgico brasileiro diante do aumento das tarifas de importação sobre aço e alumínio pelos Estados Unidos.
Haddad deu as declarações após participar de uma reunião com representantes do setor do aço em Brasília.
“Nós estamos já começando a estudar propostas do setor, que tem toda legitimidade de trazer propostas pra nós. Eles estão imaginando formas de negociar com argumentos muito consistentes. Porque os Estados Unidos só têm a perder. Porque nosso comércio é muito equilibrado”, afirmou Haddad.
Segundo o ministro, o setor do aço nacional pediu “providências” do governo brasileiro tanto em relação às importações, ou seja, por meio de sobretaxa a compras feitas em outros países, como na China, quanto em relação às exportações brasileiras.
“No caso das importações, envolve uma defesa mais unilateral. Isso, a proposta que eles fizeram. A proposta que eles fizeram. Nós vamos analisar”, acrescentou ele.
Nesta terça-feira (11), a Casa Branca confirmou que começará a aplicar, a partir da meia-noite desta quarta-feira (12),a aplicar tarifas (sobretaxas) de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio nos Estados Unidos, “sem exceções ou isenções”.
A medida, que irá atingir em cheio o setor de siderurgia de países como Canadá, Brasil e México, faz parte de uma das principais promessas de campanha de Trump: a taxação de produtos estrangeiros para priorizar a indústria norte-americana.
“Vamos tratar na base da reciprocidade os entendimentos, mas colocando em primeiro lugar a mesa de negociação está aberta já com o governo americano, e que foi bem sucedido em outros momentos do passado recente quando atitudes semelhantes foram tomadas e revertidas em benefício do comércio bilateral”, afirmou o ministro Haddad, a jornalistas.
De acordo com o ministro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu calma. “Nós já negociamos outras vezes em condições até muito mais desfavoráveis do que essa. Nós vamos levar a consideração do governo americano que é um equívoco de diagnóstico”, concluiu.
Fonte: G1 Read More