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Segundo o ministro da Fazenda, o presidente tem se desdobrado para ajustar as contas públicas enquanto também tenta atender diversos interesses de classe. Ele disse confiar no trablaho de Galípolo no BC. Haddad diz que tem confiança em Galípolo e que presidente do BC é tecnicamente preparado
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou que o presidente Lula tem se desdobrado para ajustar as contas públicas enquanto também tenta atender diversos interesses de classe. A declaração foi dada ao GloboNews Mais.
Segundo Haddad, há uma série de resistência, como empresários que não querem abrir mão do seus privilégios, os trabalhadores que não querem perder direitos, além das dinâmicas próprias da classe política, do Judiciário e do Executivo.
“O maestro dessa orquestra, o presidente, tem recebido esses insumos todo e, na minha opinião, ele está processando da maneira para além do possível. [Lula] Está fazendo um esforço realmente grande de coordenar os poderes, as ações, para conseguir os melhores objetivos”, afirmou o ministro.
Na entrevista, Haddad definiu o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, como uma pessoa “muito séria” e disse não ter se surpreendido com a decisão de elevar os juros para 14,25% ao ano, anunciada na quinta-feira (19).
“Nós não esperávamos um cavalo de pau do [Gabriel] Galípolo. Ele tem um compromisso com a coerência das medidas do BC para cumprir o seu mandato. Qual seja: trazer a inflação para a meta. Esse é o compromisso do Galípolo”, afirmou Haddad ao GloboNews Mais.
Galípolo é uma indicação do presidente Lula (PT) e substituiu Roberto Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Haddad afirmou que ele e o governo Lula têm confiança no novo comandante do BC.
Medidas econômicas no Congresso
Haddad abordou os projetos relacionados à economia que o governo Lula enviou ao Congresso Nacional, como ampliar a isenção no Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil mensais, o financiamento do programa Pé de Meia e o Orçamento de 2025, que deveria ter sido votado e aprovado no ano passado.
Nesta terça, o governo Lula apresentou o texto da proposta do IR que, agora, será votado por deputados e senadores. A tramitação ainda não começou, e as regras que forem aprovadas neste ano só começam a valer em 2026. Haddad comentou sua expectativa no Congresso.
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Segundo Haddad, o projeto de reformar o IR não irá gerar perdas para a arrecadação de estados e municípios e para setores específicos da economia, como o agronegócio, por exemplo.
Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta semana indica que Haddad teve piora na avaliação junto ao mercado financeiro: 58% consideram sua atuação negativa (eram 24% no levantamento anterior, em dezembro de 2024), enquanto 10%, positiva (eram 41%).
O mesmo levantamento colocou o trabalho de Lula como negativo para a maior parte do mercado (88%), enquanto o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, é mal avaliado por 8% e avaliado positivamente por 45% dos agentes de mercado entrevistados.
[Post em atualização]
Fonte: G1 Read More