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Ministra da Agricultura do país disse que investir em trocas comerciais com os países do bloco sul-americano só causaria ‘mais desordem’ neste momento. Europa prepara reação ao ‘tarifaço’ de Trump. União Europeia prepara reação ao ‘tarifaço’ de Donald Trump
O acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul “não é um remédio” para as tarifas de Donald Trump, declarou nesta terça-feira (8) a ministra francesa da Agricultura, Annie Genevard.
Genevard disse que a tentativa de investir no acordo como alternativa “acrescentaria mais desordem” no cenário econômico mundial.
A França é uma das principais oponentes ao acordo entre os dois blocos, anunciado no ano passado depois de 25 anos de negociações.
“O Mercosul era ruim ontem e continua sendo, na minha opinião, para os setores cruciais, agrícola e agroalimentar, do nosso país”, disse Genevard à Rádio J, ao ser questionada se as tarifas de Trump enfraquecem sua posição na UE.
O acordo UE-Mercosul, que pretende criar um mercado de 700 milhões de pessoas, só entrará em vigor após ser ratificado por todos os países envolvidos, incluindo a França.
Mas o país europeu enfrenta a oposição veemente de seu setor agropecuário, que organizou grandes mobilizações nos últimos anos, e exige que as exportações do bloco sul-americano cumpram as mesmas normas de produção adotadas na UE.
Embora a ministra tenha considerado que o Mercosul “não é um remédio”, ela chamou de “boa política” da UE de buscar acordos alternativos para minimizar as consequências do impacto do aumento de tarifas decretado por Trump.
‘Tarifaço’
Trump exibe tabela com tarifas que devem ser cobradas pelos EUA
REUTERS
O presidente dos Estados Unidos assinou na semana passada um decreto para adotar uma tarifa alfandegária mínima de 10% para todas as importações que entram no país, e de 20% para os produtos procedentes da UE.
A Comissão Europeia ofereceu aos Estados Unidos um acordo para adotar uma tarifa zero no comércio de produtos industriais – uma oferta que Trump já considerou “insuficiente” – e, ao mesmo tempo, ameaça com medidas de retaliação.
“A agricultura não deve ser uma variável de ajuste da resposta”, disse Genevard, diante do temor de que aumentar as tarifas sobre a soja americana, que os pecuaristas europeus precisam, acabe afetando o setor e os consumidores.
Fonte: G1 Read More