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Ao fim do pregão na China, o yuan era cotado a 7,35 por dólar, o pior desempenho desde dezembro de 2007. Montagem com notas de yuan, a moeda chinesa.
Reuters
O yuan chinês, moeda oficial da China, registrou seu nível mais fraco em mais de 17 anos nesta quarta-feira (9), enquanto as crescentes tensões comerciais entre o país asiático e os Estados Unidos continuam derrubando os mercados pelo mundo.
Ao fim do pregão na China, o yuan era cotado a 7,35 por dólar, o pior desempenho desde dezembro de 2007, antes da crise econômica mundial de 2008. Nesta quarta, o dólar teve uma alta de 0,15% sobre a moeda chinesa.
A desvalorização do yuan ocorre em meio às retaliações tarifárias entre as duas maiores economias do mundo.
Tudo começou na quarta-feira passada (2), quando o presidente americano, Donald Trump, detalhou seu plano de tarifas recíprocas, que impôs taxas de 10% a 50% sobre mais de 180 países. A China recebeu uma das maiores tarifas, de 34%.
Como resposta, na sexta-feira (4), a China respondeu ao tarifaço e retaliou os EUA com taxas de também 34% sobre todas as importações americanas.
Trump não gostou e, embora tenha dito, nesta terça (8), que acredita que a China quer chegar a um acordo para evitar mais tarifas, decidiu retaliar a retaliação e anunciou mais 50% extras de taxas sobre as importações chinesas. Agora, a tarifa sobre os produtos chineses é de 104%.
A China, por sua vez, disse estar preparada para continuar retaliando e que vai responder, mas que prefere negociar com os EUA.
“Os EUA continuam abusando das tarifas para pressionar a China. A China se opõe firmemente a isso e jamais aceitará esse tipo de intimidação”, afirmou um porta-voz do Ministério das Relações Internacionais.
O Ministério do Comércio ainda reiterou a promessa da terça de continuar revidando até o fim. “A China tem vontade firme e meios abundantes, e contra-atacará resolutamente até o fim”, disse um porta-voz.
“A China não deseja travar uma guerra comercial, mas o governo chinês jamais ficará de braços cruzados vendo os direitos e interesses legítimos do povo serem prejudicados e violados”.
Como a tarifa para a China chegou a 104%:
No início de fevereiro, os EUA aplicaram uma taxa extra de 10% sobre as importações vindas da China, que se somou à tarifa de 10% que já era cobrada do país, chegando a 20%;
Na quarta-feira da semana passada, dia 2 de abril, Trump anunciou seu plano de “tarifas recíprocas” que incluía uma taxa extra de 34% à China, elevando a alíquota sobre os produtos do país asiático a 54%;
Agora, após a retaliação chinesa que também impôs tarifas de 34% sobre os EUA, a Casa Branca confirmou mais 50% em taxas sobre as importações chinesas, deixando a tarifa sobre o país no patamar de 104%.
Apesar da desvalorização da moeda chinesa, porém, os índices acionários do país fecharam em alta nesta quarta-feira, na contramão da maioria do mercado financeiro asiático.
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Governo chinês quer estabilizar a moeda
Os principais líderes chineses planejam se reunir já na quarta-feira para definir medidas para impulsionar a economia e estabilizar os mercados de capitais, disseram pessoas com conhecimento do assunto.
Apesar da pressão tarifária, o banco central chinês não permitirá quedas acentuadas do yuan e solicitou aos principais bancos estatais que reduzam as compras de dólares americanos, disseram pessoas com conhecimento direto do assunto à agência de notícias Reuters.
“A menos que sejam revogados, os últimos aumentos de tarifas dos EUA significam que as remessas da China para os EUA cairão mais da metade nos próximos anos, mesmo supondo que o yuan se desvalorize para 8 por dólar”, afirmou a Capital Economics em nota a clientes.
“Isso reduzirá o PIB da China em algo entre 1,0% e 1,5%, dependendo da extensão do redirecionamento (das exportações para outros países). É um impacto maior do que havíamos previsto, mas provavelmente será compensado por uma nova expansão do apoio fiscal.”
Trump acusou a China na terça-feira de manipular sua moeda para compensar o impacto das tarifas.
Um yuan mais fraco tornaria as exportações mais baratas e aliviaria parte da pressão sobre o comércio da China e a economia em geral, mas uma queda acentuada poderia alimentar a pressão indesejada de saída de capital e colocar em risco a estabilidade financeira, disseram economistas.
*Com informações da agência de notícias Reuters
Fonte: G1 Read More