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O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) deve anunciar nesta quarta-feira (7) mais um aumento da taxa básica de juros (Selic), consolidando o ciclo de alta que já dura oito meses. A expectativa predominante no mercado financeiro é de uma elevação de 0,5 ponto percentual, levando a Selic a 14,75% ao ano — patamar mais alto desde agosto de 2006. Caso se confirme, a nova taxa iguala o nível de julho de 2006, no final do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Naquela ocasião, no entanto, o Banco Central caminhava para cortar os juros, enquanto agora o movimento é de aperto.
A elevação da Selic tem como objetivo conter a inflação, que segue acima da meta oficial. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula alta de 5,48% nos últimos 12 meses, pressionado principalmente pelo aumento dos alimentos e dos gastos com saúde. A meta inflacionária para este ano é de 3%, com teto de 4,5%. Segundo o próprio BC, há 70% de chance de a meta ser descumprida.
A decisão do Copom ocorre em um contexto global de incertezas, influenciado pela guerra comercial entre os Estados Unidos e a China e pelas políticas do Federal Reserve (Fed), o banco central americano. Apesar da pressão do presidente Donald Trump por corte de juros nos EUA, o Fed deve manter sua taxa básica entre 4,25% e 4,50% ao ano nesta “superquarta”, quando Brasil e EUA anunciam as direções de suas políticas monetárias. Ainda há divergências sobre o rumo da política monetária a partir de agora. Parte dos analistas aposta que o Copom ainda realizará um ajuste final em junho, com aumento menor, de 0,25 ponto, levando a Selic a 15% ao ano. Outra parcela acredita que a alta desta quarta-feira já marcará o fim do ciclo de elevações.
O aumento da Selic eleva o custo do crédito, desestimula o consumo e os investimentos, e tende a frear a atividade econômica. Apesar dos juros elevados, a taxa de desemprego subiu a 7% no primeiro trimestre, mas segue no menor nível para o período desde o início da série histórica da Pnad Contínua, em 2012. Com o mercado de trabalho aquecido, a renda média da população voltou a bater recorde, o que ajuda a sustentar o consumo.
Com a nova decisão, o mercado ajustou suas projeções: a mediana das estimativas para a Selic ao fim de 2025 caiu para 14,75% ao ano, primeira revisão para baixo após 16 semanas. Entretanto, não se espera que os juros voltem a um dígito antes de 2028, o que indica um cenário prolongado de juros altos para controlar a inflação. A decisão do Copom será divulgada no fim da tarde desta quarta-feira.
Publicado por Felipe Dantas
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Fonte: Jovem Pan Read More