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O dólar perdeu força no mercado local à tarde e fechou a sessão desta sexta-feira (6), em leve queda, na casa de R$ 5,56. Esse movimento se deu na contramão da onda global de fortalecimento da moeda norte-americana, que se iniciou pela manhã e persistiu ao longo do dia, após dados do mercado de trabalho nos EUA esfriarem as apostas em corte de juros mais agressivo pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) neste ano.
O real foi uma das poucas moedas emergentes, ao lado do peso mexicano, a ganhar terreno. Operadores citaram como possível gatilho para a apreciação da moeda brasileira o retorno de certo otimismo com o pacote fiscal em estudo no governo. Pode ter ocorrido também um movimento de ajustes e realização de lucros, uma vez que a possibilidade de alta residual da taxa Selic neste mês torna ainda mais difícil a manutenção de posições compradas em dólar.
O real e seu principal concorrente também se beneficiaram da alta do petróleo e do aumento do apetite ao risco na segunda etapa de negócios, depois de o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar que haverá um encontro entre representantes comerciais americanos e chineses na próxima segunda-feira (9). Na quinta, Trump conversou por telefone com o líder da China, Xi Jinping.
Com mínima a R$ 5,5603, o dólar à vista encerrou o pregão em queda 0,26% a R$ 5,5698 – menor valor de fechamento desde 8 de outubro (R$ 5,5328). A divisa termina a semana e os cinco primeiros pregões de junho com perdas de 2,62%. No ano, a moeda americana apresenta desvalorização de 9,88% em relação ao real.
No exterior, termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisas, o índice DXY subia cerca de 0,40% no fim da tarde, por volta dos 99,200 pontos, após máxima aos 99,357 pontos. Apesar disso, o Dollar Index termina a semana com leve baixa (0,25%). No ano, o DXY cai mais de 8%.
Bolsa
O Ibovespa encerrou a primeira semana de junho acumulando perda de 0,67% no intervalo, mantendo-se no campo negativo nas últimas três sessões, e agora no menor nível de encerramento desde 7 de maio, há um mês. Na sessão desta sexta-feira, cedeu apenas 0,10%, aos 136.102,10 pontos.
Dessa forma, emenda também a terceira semana em baixa, no período iniciado em 19 de maio. Ainda que tenha sido discreto o ajuste acumulado neste intervalo – e no qual o índice renovou máxima histórica, no intradia e fechamento, em 20 de maio -, o prosseguimento da leve correção no Ibovespa o coloca agora na mais longa série semanal negativa desde as quatro entre 9 de dezembro e 3 de janeiro passado. Contudo, a série atual sucede seis semanas de avanço, de 7 de abril a 16 de maio. E no ano, o Ibovespa mantém ganho sólido, de 13,15%.
Nesta sexta-feira, o índice oscilou dos 135.600,86 aos 136 889,88 pontos, saindo de abertura aos 136.236,37 pontos. O giro foi a R$ 24,4 bilhões na sessão. Na ponta ganhadora, Prio (+3,56%), JBS (+1,93%) e Brava (+1,66%). No lado oposto, Magazine Luiza (-5,57%), Vamos (-5,23%) e Lojas Renner (-4,67%).
Entre as blue chips, Petrobras avançou 1,19% na ON e 0,92% na PN, enquanto Vale ON ficou perto da estabilidade, em viés positivo (+0,13%). Entre os principais bancos, as perdas do dia ficaram entre 0,06% (Bradesco PN) e 2,38% (Banco do Brasil ON), à exceção de Itaú PN, principal papel do setor, que virou no fim e subiu 0,25%, contribuindo para a moderação do ajuste do Ibovespa, ao lado de Petrobras e Vale.
Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta, com o renovado otimismo em relação às negociações comerciais entre EUA e China e pela ausência de avanços em direção a cessar-fogo entre Ucrânia e Rússia ou a acordo sobre o programa nuclear com o Irã – fatores que compensaram as preocupações com o aumento da produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). Em Nova York, o contrato do WTI para julho subiu 1,91% (US$ 1,21), fechando a US$ 64,58 o barril. E o Brent para agosto, negociado em Londres, avançou 1,73% (US$ 1,13), a US$ 66,47 o barril. Na semana, o WTI teve alta de 6,23% e o Brent, de 6,15%.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Carolina Ferreira
Fonte: Jovem Pan Read More