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Após instabilidade e troca de sinais, com investidores digerindo as medidas fiscais propostas e em estudo pelo governo para substituir parte do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o dólar à vista se firmou em queda na reta final dos negócios desta segunda-feira (9), e fechou em baixa de 0,13%, a R$ 5,5625. Foi o terceiro pregão seguido de recuo da moeda norte-americana, que está nos menores níveis desde o início de outubro e já acumula desvalorização de 2,74% em junho e de 9,99% em 2025.
“O mercado estressou pela manhã porque só se falava das medidas pelo lado da receita. À tarde, apareceram sinais de que o governo vai tentar algo do lado do controle de gastos”, afirma o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, ressaltando que o dólar cai praticamente em relação a todas as moedas nesta segunda-feira.
No domingo (8) à noite, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou medidas que vão permitir recalibrar as alíquotas do IOF, incluindo tributação de títulos de renda fixa hoje isentos, como Letras de Crédito Imobiliário (LCI), aumento de taxação sobre as bets e alíquotas mais elevadas para Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e Juros sobre o Capital Próprio (JCP). Outra proposta é rever 10% das isenções tributárias infraconstitucionais. Foi acordada outra reunião para debater a redução de gastos primários.
Ibovespa inicia semana em baixa de 0,30%, a 135,7 mil
O Ibovespa seguiu em baixa nesta abertura de semana em meio à decepção dos agentes de mercado com o resultado da reunião, no domingo, do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com lideranças partidárias para apresentação de propostas alternativas à elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para o reforço de receitas e o cumprimento do arcabouço fiscal. O resultado foi o costumeiro aos olhos do mercado e com ressalvas, também, em parte dos políticos de Brasília: o ajuste continua a vir, essencialmente, do aumento tributário, e não pela contenção de despesas.
Assim, o índice da B3 teve máxima do dia (136.105,81) praticamente no nível de abertura (136.102,39) e encerrou ainda em baixa de 0,30%, aos 135.699,38 pontos – bem afastado, contudo, da mínima da sessão, de 134.118,64 pontos, então em baixa de 1,46%. O giro financeiro desta segunda-feira ficou em R$ 20,1 bilhões.
No mês, o Ibovespa cede 0,97% e, no ano, avança 12,82%. A desta segunda-feira foi a quarta perda consecutiva para o Ibovespa. E, no fechamento, o índice permanece no menor nível desde 7 de maio, mas agora abaixo da linha de 136 mil.
Assim, o dia foi majoritariamente negativo para as principais ações do Ibovespa, mas a virada da principal delas, Vale ON (+0,59%), na máxima do dia no encerramento), contribuiu para a mitigação de perdas do índice da B3 – favorecido nesta segunda também por outros nomes do setor metálico, em especial Gerdau (PN +6,41%) e Metalúrgica Gerdau (+5,21%).
Por outro lado, Petrobras fechou em baixa de 1,05% na ON e de 1,55% na PN e, entre os grandes bancos, as perdas da sessão ficaram entre 0,52% (Itaú PN) e 0,75% (Bradesco PN), à exceção de Banco do Brasil ON e Santander Unit, que fecharam pouco acima da estabilidade (+0,09% e +0,07%, respectivamente).
Na ponta ganhadora do Ibovespa, além de Gerdau e Metalúrgica Gerdau, destaque também para Embraer (+4,63%) e Marfrig (+2,57%) No lado oposto, B3 (-3,02%), RD Saúde (-2,90%) e SLC Agrícola (-2,70%). Os dois papéis da Gerdau se descolaram do sentimento em geral negativo na sessão, após o UBS BB ter elevado a recomendação de Gerdau, de neutra para compra, e aumentar o preço-alvo.
Na avaliação do banco, o aumento das tarifas de importação de aço para 50% nos EUA é um divisor de águas para a tese de valorização das ações, pela produção local da empresa.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Nátaly Tenório
Fonte: Jovem Pan Read More