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11/06/2025
Hugo Motta diz que pacote de Haddad para substituir aumento do IOF terá reação ‘muito ruim’ do Congresso
11/06/2025
Haddad aprovou novas medidas com Lula nesta terça, e textos devem seguir para o Congresso ainda nesta semana. Presidente da Câmara cobrou que governo faça ‘dever de casa’, ou seja, corte gastos. Presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB)
TV Globo/Reprodução
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta quarta-feira (11) que o pacote de medidas fiscais anunciado nesta terça (10) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve ter uma “reação muito ruim” no Congresso e no empresariado.
O pacote deve ser enviado oficialmente ao Legislativo ainda nesta semana como uma alternativa à alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) – que foi tentada em maio, mas deve ser revertida frente à rejeição do mercado e dos parlamentares.
“O governo deve anunciar esta semana novas medidas em substituição àquilo que foi anunciado para o IOF. Já comuniquei à equipe econômica que as medidas que estão pré-anunciadas deverão ter uma reação muito ruim, não só dentro Congresso, como também no empresariado”, disse Motta.
“Quando você parte de trazer taxação de títulos que eram isentos e que ajudam a fomentar agronegócio e setor imobiliário, é claro que esses setores vão reagir. Esses títulos têm sido, na verdade, a grande fonte de financiamento num cenário de juros elevadíssimos, como temos hoje no nosso país”, emendou.
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“Temos que entender que apresentar ao setor produtivo qualquer solução que venha a trazer aumento de tributos, impostos, sem o governo apresentar o mínimo de dever de casa do ponto de vista de corte de gastos, isso não será bem-aceito nem pelo setor produtivo nem pelo Poder Legislativo”, concluiu.
Na segunda-feira (9) – um dia após ter se reunido com Fernando Haddad e líderes partidários para conhecer as propostas –, Motta já tinha declarado que o Congresso não tinha firmado “compromisso” com a aprovação do pacote.
“O compromisso feito sobre as medidas que virão na MP foi de o Congresso debater e analisar, não ficou lá acordado [aprovar]”, disse naquele momento.
Fonte: G1 Read More