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Itaú lança banco digital desenvolvido especificamente para empreendedores
Rafaela Zem/ g1
O Itaú apresentou nesta segunda-feira (21) o Itaú Emps, um banco digital desenvolvido especificamente para empreendedores. O novo serviço, que estava em desenvolvimento há dois anos, é voltado para pequenos negócios e profissionais autônomos com faturamento anual entre R$ 200 mil e R$ 3 milhões.
O objetivo desse novo segmento é atender um público que ainda carece de soluções financeiras específicas e integradas no mercado, explicou o diretor do Itaú Emps, Pedro Prates.
Entre os primeiros perfis contemplados estão restaurantes, oficinas mecânicas, mercearias, lojas de material de construção, médicos, advogados e freelancers. Empresas com múltiplos sócios poderão abrir conta até o fim do ano e MEIs apenas em 2026.
O Itaú Emps foi desenvolvido em parceria com empreendedores e usa inteligência artificial generativa para apoiar na gestão financeira.
A ferramenta oferece relatórios, tendências de mercado e recomendações de acordo com o perfil do cliente, além de atendimento 24h por meio de IA, funcionando como um “consultor virtual” para apoiar a gestão financeira.
Outros serviços anunciados, são:
Conta sem mensalidade e Pix ilimitado gratuito;
Pagamento de tributos, boletos e concessionárias pelo aplicativo;
Adquirência integrada por meio da mmáquina de pagamento do Itaú;
Linhas de crédito específicas, como limite de conta, cartão de crédito e Pronampe;
Atendimento especializado com tempo de espera médio de 30 segundos.
O serviço, sem cobrança de mensalidade, terá uma prateleira de produtos customizados e deve, em breve, ser ampliado para MEIs e empresas com múltiplos sócios.
A abertura da conta, que já está disponível, deve ser feita exclusivamente pelo aplicativo e leva cerca de três minutos, segundo o banco.
De acordo com Pedro Prates, o novo produto surge a partir de uma lacuna identificada no mercado.
“Há um número expressivo de empreendedores que ainda não contam com uma proposta de serviços financeiros completa”, disse.
Mas, afinal, qual a diferença entre Itaú Empresas e Itaú Emps? O Itaú Empresas é voltado para clientes que demandam um atendimento completo e tradicional, com estrutura de agência e serviços bancários integrados, adequado para empresas maiores que precisam de suporte mais abrangente.
➡️ Já o Itaú Emps foi criado para um público diferente: pequenos empreendedores e profissionais autônomos que lidam com o dia a dia corrido e têm menor disponibilidade de tempo, explicou Pedro Prates durante uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira.
Para esse perfil, o Emps oferece uma solução digital, prática e focada no autosserviço, com atendimento personalizado por meio de tecnologia, como a inteligência artificial, facilitando a gestão financeira sem a necessidade de deslocamento até uma agência.
O lançamento amplia o chamado mercado endereçável do Itaú no segmento PJ. A expectativa do banco é consolidar um ecossistema de serviços para empresas, unindo produtos tradicionais, linhas de crédito e ferramentas digitais em um único ambiente.
O número de empreendedores no país tem crescido e ajuda a explicar o movimento do Itaú. Atualmente, o Brasil tem 23 milhões de empresas ativas, sendo 2,2 milhões abertas apenas no último ano.
Segundo dados do banco, 33,4% da população adulta está envolvida em algum negócio e 47 milhões de brasileiros têm relação direta com atividades empreendedoras. Para o Itaú, esse público tem potencial de desenvolvimento e demanda serviços financeiros mais estratégicos.
Para entender melhor as necessidades desse público, o Itaú encomendou uma pesquisa à Quaest Pesquisa e Consultoria. O estudo ouviu 600 empreendedores, sendo 75% homens e 25% mulheres, com empresas que têm, em média, oito anos de mercado.
A pesquisa mostrou que o empreendedor brasileiro mudou de perfil: muitos já não empreendem apenas por necessidade, mas por vocação. Esse empreendedores tem como objetivos aumentar o faturamento, ampliar a área de atuação, organizar processos internos e contratar mais funcionários.
O relatório da Quaest também apontou que esse público ainda tem fragilidades na gestão: 23% controlam as finanças em planilhas de Excel e 16% fazem o controle manualmente. Uma das principais demandas é por orientação prática e acessível, com soluções simples e disponíveis a qualquer momento.
Outro dado relevante é a relação com a tecnologia. Para 44% dos entrevistados, a inteligência artificial já faz parte do dia a dia.
A maioria usa as ferramentas para marketing e vendas (70%), edição de imagens e vídeos (65%) e, em menor escala, para decisões financeiras (25%) e otimização do fluxo de caixa (23%).
Apesar disso, a confiança na segurança dos dados e a possibilidade de falar com humanos em casos mais complexos ainda são apontadas como condições essenciais para ampliar o uso da IA.
“É natural que os empreendedores não queiram discutir as finanças de suas empresas com uma IA aberta (…) A pesquisa [da Quaest] mostra, porém, que há abertura para soluções que inspirem confiança, sejam acessíveis e tragam valor real. No caso do banco, a integração ao sistema é importante não só pela segurança, mas pela praticidade e qualidade das informações, ganhando tempo para o empreendedor e ajudando-o a tomar decisões”, completou o diretor do Itaú Emps.
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Fonte: G1 Read More