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O conselho de administração da Petrobras aprovou o retorno da estatal ao setor de distribuição de gás liquefeito de petróleo (GLP), popularmente conhecido como gás de cozinha. A decisão marca a reentrada da companhia no segmento seis anos após a venda da Liquigás, concluída em 2020, quando a operação foi transferida para um consórcio privado formado por Copagaz, Itaúsa e Nacional Gás, por R$ 4 bilhões.
Segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a volta ocorrerá inicialmente com foco na distribuição de GLP, integração com outros negócios no Brasil e no exterior e oferta de soluções de baixo carbono. A estatal não detalhou se a operação incluirá a venda direta de botijões para o consumidor final.
O movimento acontece em um contexto de preocupação do governo federal com o preço do gás de cozinha. Em maio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a diferença entre o valor cobrado pela Petrobras, cerca de R$ 37, e o preço final pago por famílias em algumas regiões, que pode chegar a R$ 140. O governo pretende lançar o programa “Gás para Todos”, para distribuir gratuitamente botijões a famílias de baixa renda.
A Petrobras já teve forte presença no setor por meio da Liquigás, que operava em todos os estados, com 23 centros de distribuição e cerca de 4,8 mil revendedores autorizados, detendo 21,4% do mercado nacional. Apesar do retorno à distribuição de gás, a estatal não voltará, por ora, ao mercado de combustíveis líquidos nos postos. Pelo contrato de venda da BR Distribuidora para a Vibra Energia, firmado em 2019 por R$ 9,6 bilhões, a Petrobras não pode concorrer nesse segmento até 2029, período em que a compradora mantém o direito de uso da marca BR.
A decisão dividiu opiniões. A Federação Única dos Petroleiros (FUP) comemorou a medida, classificando-a como uma vitória dos trabalhadores e defendendo que reduções de preços nas refinarias não têm sido repassadas integralmente ao consumidor. Já analistas de mercado apontaram preocupações com margens apertadas no setor e possível pressão sobre a alocação de capital da companhia. O anúncio ocorreu no mesmo dia em que a Petrobras divulgou seu balanço do segundo trimestre de 2025. A empresa registrou lucro líquido de R$ 26,7 bilhões, queda de 24,3% em relação ao trimestre anterior, e anunciou R$ 8,66 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio.
Publicado por Felipe Dantas
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Fonte: Jovem Pan Read More