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Banco Central dos EUA decide se reduz taxa de juros, sob pressão de Trump
O dólar iniciou a sessão desta quarta-feira (17) com leve alta, subindo 0,07% às 09h05, cotado a R$ 5,301. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, abre às 10h.
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O principal foco do mercado financeiro hoje são as decisões de política monetária, com os Estados Unidos no centro das atenções, embora o Brasil também esteja no radar. Apesar da decisão só ser divulgada hoje, a expectativa dos investidores já vem movimentando os mercados desde a semana passada, pressionando o dólar para baixo e impulsionando a bolsa.
▶️ Brasil e EUA iniciaram ontem as reuniões dos respectivos bancos centrais para definir os próximos passos da política econômica. Por aqui, a expectativa é de que a taxa básica de juros seja mantida em 15% ao ano.
▶️ Nos EUA, projeta-se um corte de 0,25 ponto percentual, o que levaria a taxa para um intervalo entre 4% e 4,25%. Além disso, os mercados acompanharão de perto o discurso do chair do Fed, Jerome Powell, bem como as suas projeções para avaliar a extensão dos cortes nas taxas de juros que poderão ser feitos neste ano e no próximo.
Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
💲Dólar
a
Acumulado da semana: -1,04%;
Acumulado do mês: -2,29%;
Acumulado do ano: -14,27%.
📈Ibovespa
Acumulado da semana: +1,31%;
Acumulado do mês: +1,91%;
Acumulado do ano: +19,82%.
Dados dos EUA
Nesta terça-feira, novos dados dos EUA foram divulgados e mostram que a economia norte-americana apresentou um desempenho acima do esperado em agosto — tanto nas vendas do varejo quanto na produção industrial.
Os números indicam que, apesar das incertezas políticas e comerciais, o consumo segue firme e a atividade nas fábricas mostra sinais de recuperação.
As vendas no varejo cresceram 0,6% no mês, repetindo o avanço de julho, que foi revisado para cima. A expectativa era de uma alta mais modesta, de 0,2%.
Parte desse crescimento pode estar ligada ao aumento de preços causado por tarifas, e não necessariamente por maior volume de compras.
Já a produção industrial teve alta de 0,2% em agosto, após uma queda de 0,1% no mês anterior. A expectativa era de nova retração, mas alguns setores mostraram recuperação.
Fed na mira de Trump
Na segunda-feira (15), o Senado norte-americano aprovou o nome de Stephen Miran, aliado de Donald Trump, para a diretoria Federal Reserve (Fed), o banco central americano. O aval dos parlamentares, após votação apertada (48 a 47), amplia a influência de Trump sobre a instituição.
A decisão encerrou um processo rápido, iniciado em agosto, quando Adriana Kugler renunciou ao cargo no Fed.
A senadora republicana Lisa Murkowski, do Alasca, foi a única a votar contra Miran entre os membros de seu partido. Normalmente, a confirmação de um indicado ao Fed pelo Senado leva meses, mas, no caso do conselheiro econômico de Trump, o processo durou menos de seis semanas.
Após a conclusão da papelada e da posse, Miran ficou apto a participar da reunião de dois dias de política monetária do banco central, que começou já nesta terça-feira (16).
Por outro lado, também na segunda-feira, o Tribunal de Apelações dos EUA para o Circuito do Distrito de Columbia negou o pedido de Donald Trump para afastar Lisa Cook, diretora do Fed.
Este é o mais recente capítulo de uma batalha judicial que ameaça independência do Fed: pela primeira vez desde a criação da instituição, em 1913, um presidente tenta remover um diretor do cargo.
Na prática, a decisão do tribunal permitiu que Cook participasse normalmente da reunião de política monetária do Fed, assim como Miran.
Bolsas globais
Em Wall Street, os mercados começaram o dia em alta, com os investidores animados pela expectativa de que o banco central americano possa cortar os juros em breve.
No entanto, esse otimismo perdeu força ao longo da manhã, depois que saíram dados de vendas no varejo mais fortes do que o esperado, o que pode indicar que a economia ainda está aquecida e dificultar uma redução nos juros.
Os principais índices de ações fecharam em leve queda. O Dow Jones recuou 0,27%, o S&P 500 caiu 0,13% e o Nasdaq teve perdas de 0,07%.
Na Europa, os mercados fecharam em grande parte com queda. A expectativa pela decisão sobre os juros nos EUA deixou os investidores mais conservadores, especialmente em setores como bancos e seguradoras, que costumam ser mais sensíveis a mudanças nas taxas de juros.
O índice geral europeu, o STOXX 600, caiu 1,14%. Em Londres, o FTSE recuou 0,88%; em Frankfurt, o DAX retraiu 1,77%; em Paris, o CAC 40 perdeu 1,00%; em Milão, o FTSE/Mib teve baixa de 1,28%; e em Madri, o Ibex-35 perdeu 1,51%.
Na Ásia, os mercados tiveram um dia de negociações instáveis, especialmente na China e em Hong Kong. Apesar disso, o clima geral foi de leve movimentação, sem grandes mudanças.
No fechamento, Xangai subiu 0,04%, enquanto o CSI300 caiu 0,21% e o Hang Seng recuou 0,03%. Em Tóquio, o Nikkei avançou 0,3%; em Seul, o Kospi subiu 1,24%; Taiwan teve alta de 1,07%; Sydney cresceu 0,28%; e Cingapura teve leve queda de 0,09%.
*Com informações da agência de notícias Reuters
Dólar
REUTERS/Rick Wilking
Fonte: G1 Read More