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22/06/2023O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (22) que o comunicado da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central é “muito ruim” e não “alivia a situação”.
A declaração foi dada na França, onde ele acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e foi repassada por sua assessoria de imprensa.
Nesta quarta-feira (21), o Copom manteve a taxa básica de juros estável em 13,75% ao ano, e não trouxe indícios sobre uma eventual redução da taxa de juros nas futuras reuniões.
O mercado financeiro passou a projetar, desde a semana passada, um corte da taxa de juros de 13,75% para 13,50% ao ano em agosto. Havia expectativa entre os analistas que o comunicado do Copom pudesse trazer alguma indicação sobre esse movimento.
“Comunicado, como de hábito, o quarto comunicado muito ruim. Todos foram ruins. Às vezes ele alivia na ata [documento divulgado na semana seguinte aos encontros do Copom], mas não alivia a situação”, disse o ministro Haddad.
Em sua visão, há um “descompasso” entre o que está acontecendo com o Brasil, com queda do dólar, da curva de juros no mercado futuro e com a atividade econômica, com a visão do Banco Central.
“É claro o sinal de que podíamos sinalizar um corte da taxa Selic, que é a mais alta do mundo. De longe do segundo colocado. Estamos aí com juro real [desconta a inflação estimada para os próximos 12 meses] que deve estar batendo em 8% [ao ano]. Essa que é a realidade, e aí tem o impacto na bolsa, no varejo, os impactos conhecidos”, acrescentou o ministro.
De acordo com Haddad, a decisão do Copom de manter a taxa de juros estável no atual patamar, o maior em seis anos e meio, vai impactar as contas públicas – por meio do aumento dos gastos com juros.
“Os etados estão perdendo a arrecadação, os municípios estão perdendo a arrecadação. A União não está performando. Há outras questões sendo resolvidas”, disse o ministro.
Fonte: G1 Read More