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04/07/2023 Escolhido por Lula para a Diretoria de Política Monetária do Banco Central, ex-secretário da Fazenda foi sabatinado por Comissão do Senado nesta terça. Colegiado também vai analisar indicação de Ailton Aquino. Sabatinas ocorrem em meio a críticas do governo ao BC e à taxa de juros. Foto, Gabriel Galipolo. Nesta terça (9) o Secretário Gabriel Galípolo indicado Diretor Bacen, fala com a imprensa sobre a indicação para diretoria de política monetária do Banco Central
TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
O ex-secretário do Ministério da Fazenda Gabriel Galípolo afirmou nesta terça-feira (4) que não cabe a um economista “impor o que ele entende ser o destino econômico” de um país, sem considerar a “vontade democrática” da classe política eleita pelo povo.
Indicado pelo governo Lula para a Diretoria de Política Monetária do Banco Central, Galípolo deu as declarações durante sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
As sabatinas de Galípolo e de Ailton de Aquino Santos, que foi indicado para a Diretoria de Fiscalização do Banco Central, ocorrem em meio a fortes críticas de Lula e integrantes do governo ao presidente da instituição, Roberto Campos Neto, e à taxa básica de juros, a Selic, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do BC.
“Durante muito tempo, acho que nós economistas utilizamos a necessidade da discussão técnica para tentar interditar o debate econômico ou a economia como um espaço para a vontade democrática ou para o debate público. Não cabe a nenhum economista, por mais excelência que ele tenha, impor o que ele entende ser o destino econômico do país à revelia da vontade democrática e de seus representantes eleitos”, afirmou
Após a sabatina, a CAE votará as indicações, que, depois, seguirão para o plenário do Senado, ao qual cabe a palavra final sobre o tema.
Além de Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e diversos ministros, entre os quais Fernando Haddad (Fazenda) e Carlos Fávaro (Agricultura), têm feito essas críticas à taxa de juros.
No entendimento do governo, a Selic no patamar atual, de 13,75% ao ano, inibe investimentos e prejudica o crescimento da economia.
Cenário político
A análise também acontece em meio a um cenário político em que o Congresso Nacional discute o chamado novo arcabouço fiscal, conjunto de medidas propostas pelo governo para tentar equilibrar as contas públicas.
O novo marco fiscal substitui o teto de gastos e, em linhas gerais, desvincula o crescimento das despesas da União à inflação e passa a vinculá-lo ao crescimento da arrecadação.
O governo argumenta que o novo arcabouço permite equilibrar as contas públicas, garantir investimentos e, ainda, reduzir a taxa de juros.
O texto já passou pela Câmara, mas, como foi alterado pelos senadores, deve ser analisado novamente pelos deputados. A expectativa do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), é votar o projeto ainda nesta semana.
Os indicados
Gabriel Galípolo é formado em ciências econômicas e até, então, exercia a função de secretário-executivo do Ministério da Fazenda.
Isto é, Galípolo era o “número dois” na hierarquia do ministério, atuando como “braço-direito” do ministro Fernando Haddad.
Ailton Aquino, por sua vez, é servidor do próprio Banco Central.
Fonte: G1 Read More