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25/09/2023Investimento estrangeiro recuou 36% de janeiro a agosto, para US$ 37,9 bilhões. Rombo nas contas externas, por sua vez, caiu 30%, para US$ 19,5 bilhões, segundo o Banco Central. Os investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira e o déficit das contas externas recuaram nos oito primeiros meses deste ano, informou nesta segunda-feira (25) o Banco Central.
No caso do investimento direto, a queda foi de 36%, para US$ 37,9 bilhões na parcial de 2023. Em igual período do ano passado, haviam somado US$ 59,2 bilhões.
Somente em agosto, ainda de acordo com a instituição, os investimentos diretos no país totalizaram US$ 4,27 bilhões, contra US$ 10 bilhões no mesmo mês de 2022.
A entrada de investimentos no país geralmente está relacionada com o comportamento do Produto Interno Bruto (PIB) — que vem registrando desaceleração por conta da alta dos juros básicos da economia. Atualmente, para conter pressões inflacionárias, a taxa está em 13,25% ao ano.
Após uma alta de 5% em 2021, o PIB brasileiro teve crescimento de 2,9% no ano passado. A projeção do mercado financeiro para esse ano é de uma taxa semelhante de expansão.
O Banco Central estima uma entrada de US$ 75 bilhões em investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira neste ano.
O mercado financeiro, em pesquisa conduzida pelo BC na semana passada com mais de 100 instituições, estima um ingresso de US$ 80 bilhões em investimentos diretos em 2023.
Contas externas
Ainda de acordo com o BC, o déficit nas contas externas também mostrou queda na parcial dos oito primeiros meses deste ano, quando somou US$ 19,45 bilhões. O recuo foi de 30% na comparação com igual período de 2022 (-US$ 27,74 bilhões).
O resultado em transações correntes, um dos principais indicadores sobre o setor externo do país, é formado por balança comercial (comércio de produtos entre o Brasil e outros países), serviços (adquiridos por brasileiros no exterior) e rendas (remessas de juros, lucros e dividendos do Brasil para o exterior).
No mês de agosto, segundo o Banco Central, as contas externas registraram um rombo de US$ 778 milhões, em comparação com um resultado negativo de US$ 7,01 bilhões no mesmo período do ano passado.
De acordo com o BC, a queda no saldo negativo das contas externas, na parcial deste ano, está relacionada principalmente com a melhora da balança comercial no período. Também houve uma melhora na conta de serviços neste ano. Entretanto, as remessas de rendas ao exterior se elevaram.
O Banco Central projeta um rombo de US$ 45 bilhões nas contas externas neste ano.
Gastos de brasileiros no exterior
Já os gastos de brasileiros no exterior somaram US$ 1,27 bilhão em agosto deste ano, com alta frente ao mesmo mês do ano passado – quando totalizaram US$ 1,05 bilhão.
Trata-se, também, do maior valor de despesas no exterior, para meses de agosto, desde 2019, ou seja, antes da pandemia da Covid-19, quando somou US$ 1,31 bilhão.
Nos oito primeiros meses deste ano, as despesas no exterior somaram US$ 9,73 bilhões, contra US$ 8,08 bilhões no mesmo período de 2022.
As despesas de brasileiros fora do país são influenciadas por fatores como o nível de atividade econômica – que apresenta nova desaceleração nesse ano – e o preço do dólar, usado nas transações internacionais.
Em 2022, a moeda norte-americana fechou em queda de 5,3%, cotada a R$ 5,28. Apesar disso, ainda permaneceu bem acima do patamar de 2019 terminou aquele ano em R$ 4,01. Nesta sexta-feira (22), o dólar fechou em R$ 4,93 (veja mais cotações).
Fonte: G1 Read More